terça, 18 de novembro de 2025
Educação
12/10/2025 | 06:00

Seminário discute inclusão e políticas públicas para uma escola mais democrática e acolhedora

A construção de uma escola democrática, acessível e acolhedora pautou o debate do Seminário de Educação Inclusiva, promovido pelo Parlamento catarinense nesta quinta-feira (9), em Barra do Sul, no Norte do Estado.
 
Educação inclusiva em debate
O evento, liderado pela Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Escola do Legislativo, reuniu cerca de 200 participantes, em sua maioria mulheres, no Salão Paroquial. A iniciativa integra uma série de encontros realizados em diferentes regiões de Santa Catarina, com o objetivo de discutir e propor políticas públicas efetivas voltadas à inclusão social e educacional das famílias atípicas.
 
Confira as fotos do seminário
De acordo com dados da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), o Estado possui aproximadamente 91,6 mil pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
 
Importância do diálogo coletivo
Proponente do seminário, o presidente da Comissão, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), destacou em vídeo a importância do diálogo coletivo para o avanço das ações que assegurem equidade no ambiente escolar.
 
“A proposta é fortalecer práticas pedagógicas que valorizem a diversidade e assegurem o direito à aprendizagem de todos os estudantes, especialmente daqueles com deficiência, transtornos do neurodesenvolvimento e altas habilidades/superdotação”, pontuou o parlamentar.
 
Metodologias inclusivas e desafios
Entre os palestrantes, a pedagoga Roselaine Pontes de Almeida defendeu que a escola deve se transformar, cada vez mais, em um espaço acolhedor e inclusivo. Em sua palestra “Metodologias Inclusivas: estratégias práticas para a sala de aula”, ressaltou que o desafio ainda é grande.
 
“Incluir é acolher e humanizar. A inclusão escolar vai muito além do atendimento às pessoas com deficiência”, afirmou.
 
Ambiente escolar sensorial e acolhedor
A terapeuta ocupacional Nadya Cristina Sluminski abordou o tema “Integração Sensorial e Acomodações Sensoriais” e destacou a importância de preparar o ambiente escolar para reconhecer o perfil sensorial de cada criança.
 
“O professor precisa estar capacitado para identificar o perfil sensorial de uma criança atípica. Uma escola inclusiva envolve toda a comunidade nesse processo”, explicou.
 
Políticas públicas e novas estratégias
Outro destaque foi a participação do pedagogo David Crimpim, que discutiu o tema “Inclusão e Políticas Públicas”, analisando as ações existentes e propondo melhorias e novas estratégias para a efetivação das políticas de inclusão.
 
Encerramento e reflexões sobre o futuro
Encerrando a programação, o autista e mestre em Educação Guilherme de Almeida Prazeres, presidente da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, apresentou a palestra “Ninguém será deixado para trás”. Ele defendeu o uso do Design Universal de Aprendizagem (DUA) como instrumento de inclusão.
 
“Essa abordagem beneficia todos os estudantes”, concluiu.
 
Valquíria Guimarães
Agência AL
 
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
 

JORNAL IMPRESSO
14/11/2025
07/11/2025
31/10/2025
24/10/2025

PUBLICIDADE
+ VISUALIZADAS