O governo dos Estados Unidos emitiu, nesta segunda-feira (12), um novo alerta de segurança relacionado à Venezuela, orientando que todos os cidadãos norte-americanos e residentes permanentes legais deixem o país “imediatamente”. A medida, anunciada pelo Departamento de Estado, eleva a Venezuela ao nível mais alto de risco — grau 4, “Não viajar” — por conta do que foi descrito como “perigo extremo”.
Segundo o comunicado oficial, diversos fatores justificam a recomendação: risco elevado de detenções arbitrárias, tortura sob custódia, ações terroristas, sequestros, insegurança jurídica, alta criminalidade, instabilidade social e precariedade nos serviços de saúde.
A nota enfatiza que, desde março de 2019, todos os representantes diplomáticos norte-americanos foram retirados de Caracas, e o governo dos EUA não possui capacidade de prestar assistência consular a seus cidadãos em território venezuelano. Além disso, detidos relatam, com frequência, violações de direitos humanos, como agressões físicas, simulações de afogamento e longos períodos de isolamento.
O Departamento de Estado ainda destacou que "não há uma forma segura de viajar pela Venezuela" e, em casos extremos, recomenda-se contratar escolta privada, redigir testamento e revisar informações de seguros e contatos de emergência.
O alerta integra o sistema de classificação de risco internacional adotado pelos EUA, que varia entre os níveis 1 (precauções normais) a 4 (evitar totalmente o destino). A Venezuela permanece no nível mais alto, reforçando a gravidade da situação no país sul-americano.