O Museu Casa de Brusque deu início às obras de uma nova exposição permanente, viabilizada por meio de investimentos do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) do governo de Santa Catarina e da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Esses projetos têm como objetivo modernizar e expandir o alcance do museu, que preserva um acervo significativo da história de Brusque e do Vale do Itajaí-Mirim, remontando ao período da Colônia Itajahy.
“Neste caso, um projeto complementa o outro. O PIC custeia a mão de obra, impostos e a folha de pagamento dos profissionais do museu. Já o PRONAC utilizamos para adquirir os materiais necessários, como iluminação e móveis para a nova exposição”, ressalta a diretora do museu, Luciana Pasa Tomasi.
Com previsão de conclusão em agosto de 2025, a nova exposição incluirá uma completa reformulação da linguagem visual e expositiva, com novos móveis, projeto de iluminação e painéis atualizados, além de uma linha do tempo digital para enriquecer a experiência do visitante. A proposta é preservar e valorizar o acervo museológico, documental e fotográfico da instituição, promovendo maior conexão com o público por meio de atividades educativas e exposições temporárias.
A diretora do museu, historiadora Luciana Pasa Tomasi, destaca que o investimento posicionará a Casa de Brusque entre os museus mais modernos do estado. “Vamos atualizar a exposição de longa duração, adquirir novo mobiliário, implementar um projeto de iluminação e incluir uma linha do tempo digital. Nosso objetivo é comunicar a história de Brusque e região de forma mais acessível e envolvente para o público”, afirmou.
Para ter acesso aos recursos do PIC, o Museu Casa de Brusque busca parcerias com empresas para viabilizar o projeto. O PIC permite que empresas destinem uma porcentagem de seu ICMS mensal para apoiar iniciativas culturais, em vez de repassar o valor ao governo. Empresas com receita anual entre R$ 4,8 e R$ 9,6 milhões, por exemplo, podem deduzir até 15% do ICMS; aquelas com receita entre R$ 9,6 e R$ 38,4 milhões podem destinar 10%, enquanto as que faturam acima de R$ 38,4 milhões podem contribuir com até 7%.
Em relação à Lei Federal de Incentivo à Cultura, o PRONAC, as empresas elegíveis para apoiar devem estar no regime tributário de lucro real. “Essas empresas podem destinar até 4% do imposto federal ao município. Esse investimento na cultura local é uma forma de as empresas contribuírem diretamente com a comunidade”, afirma o presidente do museu, Rafael J. Scharf.
Para apoiar o Museu Casa de Brusque, as empresas interessadas precisam apenas estar em dia com suas obrigações fiscais e se habilitar como incentivadoras no Sistema de Administração Tributária (SAT) do Estado, no caso do PIC. No PRONAC, o processo é ainda mais simples. “A parceria com empresas é essencial para esta nova fase do museu. Estamos buscando parceiros em Brusque e região para contribuir com o fortalecimento da instituição e a preservação da nossa história local”, destacou Scharf.
Segundo João Paulo Correa, museólogo da Viés Cultural, empresa que assessora o museu, o projeto marca um novo momento para o patrimônio cultural de Brusque. “Este projeto é fundamental para a difusão do acervo do Museu Casa de Brusque, que preserva a mais importante coleção de objetos e documentos sobre a colonização no Vale do Itajaí-Mirim. Estamos ansiosos para compartilhar esse trabalho com a comunidade e visitantes de todas as idades”, finalizou Correa.
A iniciativa reforça o compromisso do Museu Casa de Brusque em preservar e difundir a memória histórica da região, ampliando o acesso ao patrimônio cultural para a comunidade e visitantes.