A Prefeitura de Itajaí suspendeu o fornecimento de heparina, um agente antitrombótico essencial para gestantes com trombofilia. O medicamento, que até então era disponibilizado gratuitamente, não estará mais acessível devido ao alto custo, segundo a justificativa do governo municipal.
A trombofilia, uma condição que aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos, pode causar abortos espontâneos e complicações graves durante a gestação. A heparina é o principal tratamento, e em alguns casos, as mães chegam a usar até 320 ampolas durante a gravidez. Mesmo após o parto, o medicamento pode ser necessário por um período.
Agora, as mães com essa condição de risco deverão se inscrever no Protocolo do Estado de Santa Catarina para obter o medicamento. No entanto, esse processo pode ser demorado, colocando em risco a vida do bebê e da própria mãe. Durante a espera, muitas famílias, especialmente as mais pobres, enfrentam a impossibilidade de arcar com o custo elevado da heparina, que chega a R$ 60 por dia.
O tratamento completo com heparina pode custar até R$ 16.000 durante toda a gestação. Desde 2008, Itajaí fornecia o medicamento gratuitamente, mas essa assistência foi cortada, gerando grande preocupação e insegurança para gestantes de alto risco.
Especialistas alertam para as possíveis consequências dessa decisão, incluindo aumento de casos de trombose, AVC e até morte entre gestantes com trombofilia, transformando o que poderia ser evitado em uma tragédia anunciada.
Fonte: Band FM Itajaí