Santa Catarina é o sexto estado do país em casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Referência no tratamento de neoplasias torácicas, o Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), unidade do Governo do Estado, realizou mais de 80 cirurgias de câncer de pulmão de janeiro a julho de 2024. O Agosto Branco chama a atenção para o diagnóstico precoce e conscientização da doença.
Santa Catarina é o sexto estado do país em casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Referência no tratamento de neoplasias torácicas, o Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), unidade do Governo do Estado, realizou mais de 80 cirurgias de câncer de pulmão de janeiro a julho de 2024. O Agosto Branco chama a atenção para o diagnóstico precoce e conscientização da doença.
De acordo com o Diretor-Geral do CEPON e cirurgião torácico, Dr. Marcelo Zanchet, quanto mais precocemente o paciente iniciar o tratamento, maiores as chances de remissão da doença. “A taxa de cura de um paciente em estágio inicial chega a 90%. Então, é importante ficar atento quando a pessoa está com tosse com escarro de sangue ou ocorre a mudança do padrão de tosse. Nestes casos, deve ser investigado o mais rápido possível”, afirma.
O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por neoplasias em todo o mundo. Apesar de ser um tipo frequente de tumor e de causar muitas mortes, essa é uma doença que poderia ser minimamente evitável. O Agosto Branco, que chama a atenção para o diagnóstico precoce e conscientização da doença, também destaca a importância de se evitar os principais responsáveis por esse quadro: o cigarro e a exposição passiva ao tabaco.
“Se o paciente acima de 50 anos, fumante ou ex-fumante durante anos, ou se já foi diagnosticado com pneumonia no mesmo local mais de uma vez, deve investigar os sintomas. Pacientes com dor torácica, alteração em mãos, como o baqueteamento digital, em que a unha fica tipo um vidro de relógio, também devem investigar se há lesões pulmonares”, afirma Zanchet, que acrescenta que o maior desafio hoje é a detecção precoce do câncer de pulmão e realizar o início do tratamento em estágio inicial.
No Brasil, de acordo com o INCA, são estimados para 2024, cerca de 32.560 novos casos de câncer de pulmão. Na Região Sul, são observadas as taxas de incidência mais elevadas para homens e mulheres. Em homens, é a segunda neoplasia mais frequente na Região Sul (31,54 por 100 mil). Em Santa Catarina, estima-se 2.090 novos casos. Destes, 160 casos são esperados para Florianópolis.
Pacientes acima de 50 anos, que fumam ou ex-fumantes que pararam há menos de 15 anos, têm indicação de fazer uma tomografia computadorizada por ano com baixa dose de radiação, com o intuito de realizar uma detecção precoce. “O exame de rastreamento com tomografia computadorizada é indicado para a detecção de lesões suspeitas nos pulmões e, seguido de uma abordagem diagnóstica e terapêutica apropriada, reduz em 20% ou mais a mortalidade pela doença”, afirma o diretor-geral do CEPON.
A melhor forma de prevenir o câncer de pulmão é ficar longe dos fatores de risco, particularmente o cigarro. Mas para quem já se expôs ou continua se expondo a eles, é fundamental ter consciência sobre a importância da cessação do tabagismo e do exame de rastreamento. Hoje, a medicina tem recursos avançados para identificar os tumores em fase mais inicial e realizar o tratamento. Diagnóstico e tratamento precoces salvam vidas.
O CEPON integra a rede de hospitais da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e está sob gestão da FAHECE.