Foi aprovado na sessão desta quinta-feira (19) requerimento solicitando audiência pública para debater a dragagem e a contenção das cheias dos rios Itajaí-Mirim e Açu. A proposta foi apresentada pelos vereadores Rubens Angioletti (PL), Paulo Manoel Vicente (PDT) e Laudelino Lamim (MDB), através da Comissão de Segurança Pública e Defesa Civil da Câmara de Vereadores Itajaí.
“Comecei a fiscalização sobre a situação do rio Itajaí-Mirim lá em 2017 após denúncias de moradores ribeirinhos que estavam assustados com o assoreamento e falta de vida do rio”, comenta Angioletti. Desde então, o parlamentar tem encaminhado diversos requerimentos e ofícios ao Governo do Estado cobrando ações para prevenção as enchentes.
As solicitações do parlamentar estão fundamentadas no estudo da Agência Japonesa – JICA, que prevê a construção de uma barragem em Botuverá, uma comporta na ligação entre o rio Itajaí-Mirim com o canal retificado, dois diques no curso do Itajaí-Mirim dentro de Itajaí. Além disso, o estudo aponta a necessidade de manter os rios dragados constantemente.
A data da audiência será agendada em breve.
Um pouco mais sobre o rio Itajaí-Mirim
O Itajaí-Mirim tem mais de 160 km de extensão. As nascentes estão a quase mil metros de altitude, nos morros localizados na cidade de Vidal Ramos. O rio recebe águas de Presidente Nereu, Botuverá, Brusque e chega a Itajaí, onde também recebe água do rio Canhanduba.
O Canal retificado do rio Itajaí-Mirim começa no limite dos bairros Itaipava e São Roque e foi construído entre as décadas de 1960 e 1970, logo após as enchentes de 1961.
Com esta construção, a água foi deixando de circular nas mais de 30 curvas do Mirim antigo até o ponto em que ele volta a encontrar o retificado, no bairro Nova Brasília, logo após a ponte Pastor Samuel de Oliveira Francelino.