A equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Brilhante lançou, nesta quarta-feira (17), o projeto “A importância da prevenção da morte súbita na infância – Mapeando risco cardiovascular”. A iniciativa tem como objetivo rastrear crianças e adolescentes entre 06 e 15 anos com doenças no coração, por meio de um questionário respondido aos agentes de saúde. A equipe da unidade, junto aos familiares e amigos de Gabriel Forbici Varela, que inspirou a criação da ação e completaria 14 anos nesta quarta, realizaram uma caminhada no bairro Brilhante com o objetivo de divulgar o projeto.

 

“A compreensão da importância do trabalho realizado pelos agentes comunitários de saúde nos possibilita criar ações em saúde, transformando a vida e a saúde das pessoas”, explica a enfermeira da Estratégia de Saúde Familiar de Itajaí, Leide Dayana Caetano, uma das idealizadoras da ação.

 

Leide e a equipe foram inspiradas pela história de Gabriel, um paciente de 13 anos diagnosticado com taquiarritmia, uma alteração no ritmo dos batimentos do coração. Com o diagnóstico tardio, o tratamento não foi possível e o adolescente faleceu. Após a caminhada, os familiares e a equipe foram recebidos com uma homenagem na Escola Básica Professor Martinho Gervasi, que era a escola de Gabriel e será o ponto de partida para o trabalho dos agentes.

 

A coordenadora da UBS Brilhante, Alexandra G. Cambrui, destacou a importância desse tipo de ação para o diagnóstico precoce das doenças: “O projeto demonstra que a comunidade precisa estar inserida e acolhida de forma humanizada na UBS, possibilitando o reconhecimento de agravos para assim podermos realizar a prevenção e a promoção da saúde”.

 

Estima-se que 23 mil crianças nasçam, por ano, no Brasil, com cardiopatias congênitas. É como se a cada 100 crianças, uma apresente algum problema no coração. Destas crianças, 80% necessitarão de cirurgia. A cardiopatia congênita é uma anormalidade na estrutura ou função do coração que surge até a 8ª semana de gestação. Uma das formas de diagnosticar esse tipo de problema é o teste do coraçãozinho, feito ainda na maternidade. 

 

Fonte: Secom Itajaí