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20/01/2022 | 10:13

nullFamílias acolhedoras oferecem um lar temporário para quem precisa - e no momento certo

Dar a mão em um momento difícil. Existem inúmeros sinônimos para “acolher”, mas talvez proteger seja aquele que mais se aproxima do propósito do programa Famílias Acolhedoras, iniciativa do Judiciário que tem por objetivo proporcionar uma experiência integral de convívio familiar e social à criança/adolescente que foi afastado dos pais por meio de medida protetiva, até que seja viabilizado o retorno para sua família de origem ou haja encaminhamento para adoção.

Na comarca de Jaraguá do Sul, o programa funciona desde 2005. No momento, são 10 famílias cadastradas. Destas, sete já recebem crianças/adolescentes com idades entre um e 17 anos, e três aguardam na fila. Segundo explica a assistente social forense Maike Evelise Pacher, todos os que aceitam se tornar família acolhedora passam por avaliação psicológica, estudo social, análise de documentos e, ao final, participam de um curso. A intenção é fazê-los compreender a essência do programa, importante para evitar sentimento de apego aos jovens e sofrimento no momento da despedida, haja vista o caráter provisório da ação. Esses dois argumentos, aliás, são os utilizados por aqueles que desistem da responsabilidade.

Não há restrição de constituição familiar para se integrar ao programa, tanto casais quanto solteiros podem aderir. “As famílias acolherão uma criança/adolescente a quem estão preparadas para receber. Temos lares que aguardam só adolescentes, pois têm pouco tempo para se dedicar a um bebê. E outros que desejam apenas crianças em idade de creche, porque trabalham e não têm com quem deixar no período de expediente”, explica Maike.

A assistente social ressalta ainda que o acolhimento em família é inegavelmente melhor para a criança/adolescente, pois o atendimento é personalizado e individualizado e não voltado ao funcionamento da instituição, com rotina coletiva. O tempo de acolhimento é variável. Inicialmente, busca-se o retorno para a família de origem. Só posteriormente, esgotada essa possibilidade, tem início o procedimento de destituição do poder familiar. "Em Jaraguá do Sul podemos afirmar que esse tempo, geralmente, fica dentro do previsto em lei, haja vista que todos os envolvidos, juízes, promotores, assistentes sociais e psicólogos, entre outros profissionais, lidam com tudo como prioridade absoluta", finaliza Maike Evelise Pacher.

Serviço:

Detalhes sobre o programa Famílias Acolhedoras em Jaraguá do Sul: buscar informações na instituição de acolhimento Mônica Maria Franzner Lescowicz, no centro da cidade.


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