sexta, 19 de abril de 2024
Cultura
10/11/2021 | 07:46

Cores de Aidê realiza show e oficina on-line em Itajaí

A Banda Cores de Aidê apresenta virtualmente na quinta-feira (11), às 16h, o samba-reggae e a dança afro, com uma oficina de percussão e o show “Quem é Essa Mulher”. O grupo é formado por Sarah Massí (repique, xequerê e caixa/tarol), Bê Sodré (repique e xequerê), Nine Martins (surdo marcação), Nattana Marques (surdo contratempo), Carla Luz (surdo fundo), Laila Dominique (surdo fundo), Fernanda Jerônimo, Cauane Maia (agogô e surdo marcação) e Dandara Manoela (repique e xequerê). As atividades serão transmitidas no canal do YouTube da Fundação Cultural de Itajaí (youtube.com/fundaçãoculturaldeitajaí).
 
Criado em 2015 e considerado um dos mais importantes grupos de difusão da cultura afro-brasileira do Sul do Brasil, a Cores de Aidê tem a arte como ferramenta para dar o seu recado: valorizar as mulheres e lutar por um mundo menos desigual, sem preconceitos.
 
Contemplado no edital Elisabete Anderle, o projeto foi reformulado devido à pandemia para um formato virtual e transformado em lives e oficinas gravadas no Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza, em Florianópolis, onde nasceu o grupo de mulheres. Além de Itajaí, Cores de Aidê apresenta seu show e oficina em mais três cidades: Joinville, Criciúma e Lages.
 
Sobre o espetáculo
 
Elaborado pelas nove integrantes, o espetáculo, com uma hora de duração, é um mergulho no samba-reggae, gênero musical nascido na Bahia, uma fusão do samba brasileiro com o reggae jamaicano. Cênica, a apresentação tem performances inspiradas nas danças afro-brasileiras.
 
No palco, Cores de Aidê é movimento, com dança, vozes e um conjunto de instrumentos percussivos, como repique, caixa/tarol, surdo marcação, entre outros. O repertório é do primeiro CD da Cores de Aidê “Quem é Essa Mulher”. Entre as músicas estão Lugar de Mulher, Negra, Vem com Aidê e Índia. Neste show, o coletivo de mulheres entoa ainda músicas de referências de grandes nomes do samba reggae, como Olodum e Ilê Aiyê.
 
Oficinas – Para manter viva a cultura negra, o projeto oferece a mulheres, homens e crianças, um curso virtual e gratuito de samba-reggae, percussão e dança afro. A partir de instrumentos como caixa, repique, surdos e xequerê, a oficina trabalha com diversos ritmos desse gênero musical nascido em Salvador, na década de 1980. São ensinadas convenções rítmicas com influências do Olodum, tambores e Cores de Ilê Aiyê, além de composições próprias.
 
Quem é Aidê?
Aidê era uma mulher africana que foi traficada no período escravocrata. O sinhozinho apaixonou-se por ela e lhe ofereceu a liberdade em troca do casamento. Aidê se recusou e fugiu para o quilombo de Camugerê, onde descobre o amor na coletividade. Cores de Aidê quer, com Quem é Essa Mulher, recuperar, em alguma medida, os significados da história de Aidê, uma mulher que não negocia seus valores, que dá força, que inspira o coletivo de mulheres. 

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