sexta, 29 de março de 2024
Polícia
23/04/2021 | 10:17

CASO MARIANE: Marido arquitetou o crime. Amante dele e dois parentes a executaram com 27 facadas

A Polícia Civil cumpriu prisões expedidas pela Justiça na manhã de ontem, quinta-feira (22), relacionadas à investigação do homicídio de Mariane Quele dos Santos, 35 anos, que ocorreu em Itajaí e cujo corpo foi encontrado no Rio Itajaí-Açu em Navegantes no dia 9 deste mês.
 
Três prisões foram realizadas pela Polícia Civil de Itajaí, sendo duas no Estado de Pernambuco, estas por policiais civis da equipe da Denarc daquele Estado a partir da apuração da Polícia Civil catarinense, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC/PCSC) de Itajaí.
 
 Segundo a polícia, o marido de Mariane mandou matar esposa para ficar com amante e a casa.  A vizinha da vítima era amante do pastor e contratou o genro e um sobrinho de menor para executarem o crime. 
As informações foram reveladas em uma coletiva de imprensa, na tarde de ontem. Segundo o delegado regional de Itajaí, Marcio Colatto, foram 14 dias de investigações, que ainda não foram concluídas, pois o inquérito teve alguns desdobramentos. 
 
“Mariane foi morta de maneira cruel, com vários golpes de faca, sem condições de se defender, e depois amarrada e jogada no rio”, disse o Delegado da DIC, Sérgo de Souza.
 
O Crime
O crime, segundo a polícia, foi arquitetado pelo marido e pela amante. Para ter um hálibe, ele ficou em casa na companhia de um pedreiro, e disse à mulher que iria buscá-la no serviço. Mas quem foi pegar Mariane foi a amante, juntamente com o genro e o outro menor, que estavam no banco de trás do Corsa Sedam cinza escuro, que foi abandonado em Navegantes dias depois do crime. 
Em depoimento, a amante disse à polícia que Mariane não desconfiou de nada, já que eram amigas e de vez em quando ela também a buscava no trabalho. O veículo, também era usado pelo pastor. Esse carro está em nome do marido da amante, que encontra-se em Pernambuco, já se separando da mulher. Segundo a polícia não há indícios da participação dele no crime.
Assim que chegou no carro, Mariane entrou e já na saída foi esfaqueada no pescoço e no rosto pelo genro da amante que estava no banco de trás, junto com o outro menor.
Ferida, mas ainda viva, Mariane, segundo depoimento da amante, teria perguntado - “Por que?”. Naquele instante, vendo que ainda não estava morta, o genro da amante desferiu mais facadas na vítima, num total de 27, entre a região do rosto, pescoço e abdomen. 
Levaram o corpo dela para um lugar afastado em Navegantes, amarraram as mãos e pernas, e a jogaram no rio. Na cabeça deles, o fato de jogar no rio, faria que o corpo desaparecesse para sempre.
 
Teatro
Foi aí que o marido começou a fazer o teatro perante à sociedade e à polícia. Ligou, na frente do pedreiro para a esposa, dizendo-se preocupado com a demora dela, depois lavrou um boletim de ocorrência na polícia, dando conta do desaparecimento.
Mas o corpo apareceu no outro dia, no rio Itajaí Açu, encontrado por pescadores. A polícia começou então as investigações para saber as motivações do crime e os responsáveis.
 
Repercussão
O caso repercutiu na cidade de Itajaí muito mais do que o pastor imaginava. A publicidade dada ao caso, principalmente pelas circunstâncias cruéis da morte de Mariane, fez com que o casal de assassinos ficassem desesperados. 
Foi aí que o carro usado no crime foi abandonado, dias depois num matagal em Navegantes. A polícia descobriu que o carro estava em nome do marido da amante do pastor. Ao saber que o carro havia sido encontrado, a amante fugiu para Pernambuco, onde foi presa junto com o genro. O menor continua desaparecido.
Daí para frente foi só aprofundar mais as investigações, ouvir as pessoas, em torno de 15, comparar depoimentos e contrariedades ditas pelo pastor e a amante, que no final ela acabou confessando o crime e contou todos os detalhes para a polícia.
Ele, apesar do testemunho da amante, continua afirmando até agora para a polícia que não teve participação no crime, mas a polícia diz que já tem indícios suficientes para transformar a prisão temporária em preventiva.

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