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26/11/2020 | 17:09

Mercado de tecnologia de Itajaí criou startup social que ganhou o Brasil

Uma empresa de tecnologia social com sede em Itajaí, Santa Catarina, vem mudando a forma como é feita a gestão do Terceiro Setor no Brasil. Nascida em 2018, a startup Bússola Social desenvolveu uma plataforma que facilita tanto a realização dos projetos por parte de organizações sociais quanto a aplicação de recursos por investidores. Hoje o sistema já cadastrou 7.357 Organizações da Sociedade Civil (OSC), beneficiando 157.500 pessoas atendidas por elas. Está presente em 743 cidades, distribuídas entre os 26 estados do Brasil e Distrito Federal. Só em outubro de 2020, o sistema Bússola conectou projetos sociais a editais que somam mais de R$ 500 mil.

 

De maneira resumida, o sistema da Bússola permite que gestores e educadores sociais façam a gestão dos seus projetos e atividades de forma automatizada e transparente, o que aumenta a sua visibilidade, libera tempo gasto em burocracia e organização, além de facilitar a captação de recursos e prestação de contas.

 

Já para quem investe no Terceiro Setor — como empresas, institutos, fundações ou órgãos públicos — , a plataforma facilita a divulgação de editais de seleção de projetos, ajuda a conexão com projetos sociais de todo o país e o acompanhamento dos resultados das iniciativas apadrinhadas. 

 

Uma das instituições que investiu no sistema Bússola desde o início foi a Rede Salesiana Brasil. Com 135 anos de atuação no Brasil, a organização conta com 109 unidades sociais que atendem de crianças a adultos com contraturno escolar, programa de aprendizagem e oficinas profissionalizantes – em alguns lugares há acolhimento institucional e socioeducativo e educação formal conveniada. São 71.792 pessoas atendidas e registradas na plataforma.

 

A diretora executiva da Rede Salesiana, irmã Silvia Aparecida da Silva, comenta que a instituição assumiu o compromisso de ser piloto do projeto e, com os bons resultados, implantou o sistema Bússola em todas as unidades. 

 

“O Bússola trouxe qualificação para as ações sociais e melhor monitoramento, além de ajudar no acompanhamento direto da gestão de cada unidade. No escritório de Brasília, temos um portal do gestor que permite acompanhar em tempo real tudo que é feito no Brasil. Isso traz segurança, visibilidade e transparência ao nosso projeto. A parceria já vem sendo consolidada há bastante tempo. A Rede Salesiana acredita no projeto, que trouxe qualificação em termos de ação social e impacto aos nossos beneficiários”, avalia.

 

Com a proliferação do novo coronavírus, a startup itajaiense também lançou, gratuitamente, o sistema de Diagnóstico Familiar, para coleta de informações sobre o impacto socioeconômico da pandemia. A plataforma ajudou centenas de organizações a identificarem a entenderem quais as principais necessidades de mais de 20 mil famílias brasileiras, permitindo uma ajuda direcionada e assertiva, seja por meio da doação de alimentos, materiais de higiene, roupas ou outras demandas urgentes dessas pessoas. 

 

“Em tempos de pandemia, ainda pudemos sentir, com muita segurança, que o sistema ajudou a aproximar ainda mais das atividades que estávamos fazendo, principalmente com o Diagnóstico Familiar, visto por nós como um presente”, completa a Irmã Silvia.

 

Co-fundador da Bússola Social, o jornalista Áureo Giunco Júnior explica que a plataforma foi desenvolvida com o propósito de ajudar quem ajuda. Facilitando, principalmente, o trabalho nas organizações sociais, que muitas vezes sofrem com a burocracia, além de não conseguirem alcançar seus objetivos por falta de investimentos.

 

“O sistema Bússola foi feito para facilitar a organização das ações do Terceiro Setor, profissionalizando ainda mais seu trabalho. Além de automatizar processos que tomavam tempo, também conectamos os investidores aos projeto, o que impulsiona os impactos positivos na sociedade”, comenta.

 

Itajaí se destaca no setor de tecnologias em SC

 

Dados do Estado de Santa Catarina, divulgados pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), apontam que o setor cresceu 9,5% no Vale do Itajaí em 2019. São 3.322 empresas que, juntas, faturam R$ 3,2 bilhões, somando 18,1% do total catarinense neste setor. A região só está atrás da Grande Florianópolis.

 

Já o Estado catarinense como um todo, faturou no último ano R$ 17,7 bilhões com o setor de tecnologia, resultando no aumento de 12,1% comparado ao ano anterior. Resultado que colocou Santa Catarina na posição de 4º maior polo de tecnologia do país.


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