quinta, 28 de março de 2024
Geral
11/05/2020 | 09:32

Coronavírus: Uso massivo de máscaras diminui o risco de contágio

Desde que as ações de combate à pandemia de coronavírus (COVID-19) foram intensificadas em Itajaí, há quase dois meses, o uso de máscaras de proteção tem se tornado um ato de proteção individual e coletivo nos mais diversos círculos sociais e para diferentes atividades diárias. No município, por meio do Decreto nº 11.885/2020, a partir desta sexta-feira (08) passa a ser obrigatório o uso de máscaras em todos os locais, não apenas em ambientes fechados.

Ao lado do isolamento social, o uso massivo de máscaras tem sido uma das principais medidas de combate ao novo vírus. Com o avanço da pandemia, o número de pessoas que estão infectadas e não apresentam sintomas tem aumentado. E é aí que, segundo autoridades de saúde, o uso de máscaras pode salvar muitas vidas e frear uma segunda onda com números ainda maiores de infectados e de vítimas.

“Em Itajaí, nós adotamos o uso obrigatório de máscaras justamente para conter o avanço da contaminação viral, pois temos casos confirmados na cidade. Em alguns locais, como os estabelecimentos comerciais, isto vem sendo cumprido, mas a população em geral, nas ruas, também precisa respeitar, pois essa obrigatoriedade é de extrema importância nesse momento”, destaca Emerson Roberto Duarte, secretário municipal de Saúde.

O uso de máscaras tem se mostrado eficaz porque muitas pessoas, de imediato, não apresentam sintomas de que estão contaminadas. Por isso, essas pessoas assintomáticas podem ser grandes disseminadoras do vírus. Vale lembrar que quem está infectado e não usa máscaras emite gotículas que ficam no ambiente ou caem sobre superfícies e objetos, contaminando muito mais pessoas.

Na prática, os riscos de contágio podem ser exemplificados quando duas pessoas conversam ou estão próximas durante o expediente de trabalho. Quando uma pessoa infectada conversa com outra que ainda não foi infectada e as duas estão sem máscaras, a chance que a pessoa saudável tem de ser contaminada é muito alta.

Mas se ambas as pessoas – tanto a infectada (assintomática) quanto a não infectada –, conversam utilizando máscaras, as chances de proliferação diminuem. Embora ainda exista o risco de contágio, visto que uma das pessoas é portadora do vírus, a possibilidade de contaminação cai para níveis bem baixos. O uso de máscaras, portanto, diminui consideravelmente o avanço da doença.

“Na Secretaria de Saúde, nós já estamos tomando medidas necessárias para que possamos fornecer máscaras gratuitamente à população, principalmente no caso dos mais vulneráveis. Como nós ainda não temos vacina para esse novo vírus, a maior medida de proteção é o uso de máscaras, que também serve como um sinal de alerta, no rosto de cada um, de que estamos enfrentando uma pandemia”, justifica Emerson Duarte.

Produção artesanal

Antes restrita à venda em farmácias, a produção de máscaras vem sendo intensificada nos dois últimos meses, principalmente diante do uso contínuo por parte dos profissionais de saúde. Mas a necessidade de proteção também vem sendo atendida pela confecção de máscaras artesanais, feitas de tecido, adotadas para o uso diário por grande parte da população.

Em Itajaí, grupos voluntários, como os do programa Arte nos Bairros e de alunas do curso de corte e costura da Feapi, estão produzindo máscaras para a distribuição gratuita, que podem ser retiradas pela população nas Unidades de Saúde.

Confecção doméstica

Máscaras artesanais também podem ser confeccionadas em casa, desde que sigam as orientações de confecção determinadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde. A utilização dessas máscaras caseiras, todavia, precisa estar acompanhada de outras medidas de prevenção, como a higienização frequente das mãos, a limpeza de superfícies e o distanciamento entre as pessoas.

As máscaras domésticas devem ser feitas de tecido de algodão (preferencialmente 100% algodão), com mais de uma camada, ou tecido do tipo TNT, sendo, neste caso, com três camadas. Também podem ser confeccionadas com tecido tricoline ou cotton (55% poliéster e 45% algodão). Camisetas ou fronhas de algodão, por exemplo, também poderão ser utilizadas.

O importante é que a máscara artesanal seja feita nas medidas corretas de modo a cobrir toda a boca e o nariz, de maneira que a mesma fique bem ajustada a face, sem deixar espaço nas laterais. Será necessário, também, um elástico ou outro tecido que servirá de amarras, nas extremidades.

Cuidados no uso

Ao colocar a máscara na face, as mãos precisam estar previamente higienizadas, evitando o contato direto na face como um todo. E, caso precise ajustá-la durante o uso, faça-a pelas laterais e sempre com a mão higienizada. A máscara doméstica deve ser utilizada por um período curto – inferior a duas horas. Caso fique úmida, deve ser substituída.

Para retirar, também higienize previamente as mãos e não toque na parte da frente da máscara. Retire-a pelas laterais, de forma a evitar qualquer contato direto das mãos com o rosto, especialmente na região dos olhos.

Limpeza

Caso não seja possível proceder com a desinfecção imediata da máscara, deve-se colocá-la num saco plástico ou de papel, bem fechado, e só abrir quando puder proceder com esta desinfecção. Também não é recomendado deixar a máscara sobre mesas ou balcões, pois isso facilita a contaminação de todo o ambiente.

As máscaras de tecido devem ser lavadas por 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio 0,1% (50 ml de água sanitária a até 2,5% para cada litro de água). Após esse período, deve-se proceder com o enxágue em água limpa, colocando a mesma para secar.


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