Embora a atividade portuária não tenha sido impactada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado, o reflexo do período de isolamento social [decretado pelo Estado e muitos municípios] no transporte rodoviário de cargas está sendo muito grande. Segundo levantamento da Federação das Empresas de Transporte de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc), a queda no volume de faturamento na modalidade da carga fracionada caiu cerca de 50%, ocasionada pelo fechamento do comércio. No caso das cargas frigorificadas frigorificadas o impacto é menor, porque os frigoríficos não pararam e a cadeia precisa ser abastecida.
“Mesmo o transporte rodoviário de cargas sendo uma atividade essencial, com o comércio parado e com algumas indústrias em férias coletivas, o impacto da pandemia no faturamento das transportadoras é muito grande”, relata o presidente da entidade, Ari Rabaiolli. Ele diz ainda que a inadimplência cresceu muito nos últimos dias, o que dificulta ainda mais o momento para o setor.
“As empresas têm que colocar à disposição do mercado veículos com capacidade de 25 a 60 toneladas para fazer as rotas, para cumprir os prazos de entrega contratados com os nossos clientes. No entanto, esses veículos têm rodado com 50% de sua capacidade”, diz Rabaiolli. Além das perdas financeiras, o setor está com um efetivo reduzido, devido ao afastamento dos colaboradores que integram grupos de risco.
Em Itajaí a realidade não é diferente, embora o impacto apontado pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Contêineres e de Cargas em Geral de Itajaí e Região (Sitracon) seja de 30%. O vice-presidente da entidade, Ademir de Jesus, diz ainda que a pandemia do Covid-19 tem impactado na redução do custo dos fretes.