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Geral
20/02/2020 | 10:09

Ortopedistas esperam nova redução do número de mortes no Carnaval

Há dois anos, tivemos 103 mortos e 1.569 feridos no Carnaval e no ano passado o total baixou para 83 mortos e 1.464 feridos. A informação é da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) em referência aos números registrados nas rodovias federais. A entidade avalia que a redução deve-se à conscientização dos motoristas e acredita que o número pode ser ainda menor este ano.

Segundo dados da Polícia Federal, no período do carnaval, o número de acidentes aumenta entre 20% e 30%. Já o Denatran informa que a combinação de álcool e direção é responsável por 65% dos acidentes. Mas não basta o condutor do veículo evitar a bebida e obedecer às regras de trânsito. O bom motorista frequentemente é vítima de outro, que pode estar dirigindo alcoolizado e mesmo drogado, por isso é vital a chamada direção defensiva, guiar prestando muita atenção nos carros próximos, pois é deles que pode vir o perigo.

Preparação adequada

A campanha dos ortopedistas não está voltada apenas para as estradas. Os folhetos que todas as Regionais da SBOT estão divulgando recomendam o alongamento e aquecimento do corpo antes de desfilar numa escola ou num bloco, principalmente se usado o salto alto. É recomendada também alimentação rica em carboidratos. Os médicos lembram que maratonistas costumam comer macarronada na véspera da corrida. A hidratação também é importante, a garrafinha de água é essencial, principalmente se houve consumo de álcool, que desidrata.

Os ortopedistas afirmam que é muito importante prestar atenção aos sinais dados pelo próprio corpo. Uma dor no joelho que começa durante o samba é sinal de que o corpo está sendo muito exigido e que está sofrendo desgaste; é sinal de que é preciso parar ou pelo menos dar uma pausa para descanso.

Apesar de apostarem muito na prevenção, os ortopedistas estarão preparados, de plantão nos prontos socorros e hospitais do Brasil inteiro. “É triste quando recebemos um jovem acidentado”, diz o presidente da SBOT Santa Catarina, Cristiano Tacca, “a imprensa divulga apenas o número de feridos nos desastres, mas para nós, cada número representa uma vida, uma história, um paciente que, por causa de um segundo de desatenção, pode ficar meses se recuperando, passando por cirurgias e reabilitação”. 


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