A oficina de horta do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS AD) proporciona momentos de lazer e descontração aos usuários da unidade. Ao todo, 12 dependentes químicos, que fazem tratamento no centro, participam da oficina e ajudam a cultivar a horta. Além de hortaliças, chás e temperos, o grupo planta melancia, caqui, tangerina, acerola, maracujá, abóbora, romã, pitanga, entre outras frutas e legumes.

“É uma terapia pra gente não ficar pensando em drogas ou bebida. Já estou no projeto há uns seis meses e gosto bastante, aqui a gente esquece dos problemas e trabalha na horta com amor. Estou limpando o meu quintal para fazer a minha horta também e produzir na minha casa”, destaca o paciente Carlos Alan Nunes de Jesus Soares, de 37 anos.

Idealizada pelo enfermeiro do CAPS AD, Vilmar Ivan Seemund, a oficina de horta surgiu com mais um recurso terapêutico para os usuários que fazem tratamento na unidade. “Nos fundos do imóvel havia um buraco de uma antiga piscina. Resolvemos aproveitar esse espaço e criamos a horta com apoio dos usuários, funcionários e da Secretaria de Obras”, conta o enfermeiro.

A oficina acontece há um ano e meio no CAPS AD. Uma vez por semana os participantes se reúnem para cuidar da horta, separar sementes, plantar novas hortaliças e colher os frutos do cultivo. “Tudo que é colhido na horta é consumido pelos usuários no CAPS ou aproveitado na oficina de culinária da unidade”, comenta Vilmar.

De acordo com o enfermeiro, a horta é um ambiente mais livre e os pacientes que possuem mais facilidade com trabalho manual recebem indicação para participar da atividade. “Percebemos que os usuários gostam bastante, têm iniciativa de cultivar, limpar e cuidar do espaço. Também ficam felizes quando colhem os frutos do que foi plantado”, pontua.

Vilmar destaca ainda que a intenção é ampliar a horta e iniciar uma oficina de jardinagem com os usuários em complemento às atividades.