Com as altas temperaturas do verão são comuns os casos de intoxicações alimentares ou por bebidas contaminadas. Nesta época do ano, os alimentos podem estragar com mais facilidade e proliferar micro-organismos causadores de doenças, como a diarreia aguda. A Vigilância Epidemiológica de Itajaí orienta que seja redobrada a atenção com os estabelecimentos frequentados e mantida sempre a higiene, lavando bem as mãos durante toda a estação.
A diarreia de verão tem diferentes causas, entre elas vírus, bactérias e parasitas. Geralmente é transmitida através do consumo de bebidas ou alimentos contaminados, além da falta de cuidados com a higiene pessoal, contato com fezes de animais na areia da praia ou ainda no contato de pessoa para pessoa.
Na primeira semana de 2019, o município registrou 130 atendimentos de doenças diarreicas agudas. No ano passado, foram contabilizados 5.588 atendimentos do tipo em 10 unidades da cidade (Hospital Marieta, Hospital Pequeno Anjo e oito unidades básicas de saúde).
Além disso, durante 2018 foram investigados seis surtos de doenças causadas por alimentos, em dois desses surtos os agentes causadores foram bactérias, como a salmonella sp e o bacillus cereus. Essas doenças podem ser causadas por falta de higiene e má conservação dos alimentos.
Para prevenir esses tipos de doença, a Vigilância Epidemiológica orienta a sempre verificar a limpeza dos estabelecimentos escolhidos para consumo, bem como a higiene dos funcionários e se o armazenamento dos alimentos está correto. Exija também o alvará sanitário dos comércios frequentados. Na praia, prefira alimentos industrializados ou que tenham origem e data de validade, bem como frutas com casca, que são mais resistentes e duram mais tempo fora da geladeira.
Outra medida preventiva é a Operação Verão realizada pela Vigilância Sanitária do município. A ação reforça a fiscalização dos comércios nas praias para garantir a qualidade dos alimentos fornecidos.
Sintomas
A diarreia infecciosa é muito rápida e líquida. Seus sintomas podem ser dor abdominal, cólicas, náusea, vômito, febre e calafrios. Na maioria dos casos, a doença desaparece sozinha. No entanto, quando persistirem os sintomas ou surgirem sinais de desidratação (olhos secos e fundos, boca seca, diminuição do volume de urina e, em bebês, a moleira mais funda e choro sem lágrimas) é necessário procurar a unidade básica de saúde mais próxima para atendimento.
Em crianças menores de cinco anos, a doença deve receber atenção extra dos pais – já os menores de dois anos precisam fazer a vacina contra o rotavírus. Outras recomendações são beber bastante água ou soro caseiro, repousar e evitar alimentos gordurosos ou fibrosos.
Previna-se:
. Evite tomar banho em praias com água imprópria ou rios e córregos poluídos.
. Ferva a água da torneira por 30 minutos antes de consumir ou prefira água mineral ou filtrada.
. Só consuma alimentos em lugares onde a procedência é segura e que tenham alvará sanitário.
. Evite petiscos de ambulantes e de quiosques sem higiene adequada – repare se os profissionais usam luvas, toucas e também na forma como a louça é armazenada.
. Você pode levar seu lanche de casa, mas garanta que ele estará bem protegido e refrigerado.
. Cuidado com a ingestão de “raspadinhas”, “sacolés”, picolés artesanais, sucos e água de procedência desconhecida, pois eles podem ter sido preparados com água ou gelo contaminado e sem a higiene necessária.
. Lave as mãos com água limpa e sabão, principalmente após ir ao banheiro, antes de preparar a refeição ou se alimentar e depois do banho de mar.
. Lembre-se de higienizar os talheres na praia e sempre lave a latinha de cerveja ou de refrigerante antes de beber.
. Beba bastante água para evitar a desidratação.