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22/11/2018 | 10:36

Clube Atiradores inaugura sua nova estrutura nesta sexta-feira

O Clube de Caça e Tiro Vasconcelos Drumond, antiga Sociedade de Atiradores de Itajaí, inaugura nesta sexta-feira, 23, suas novas instalações, com jantar para associados, familiares e autoridades, na sua nova sede social. As instalações, construídas por meio de permuta entre a diretoria do Clube e a construtora Cota Empreendimentos, de Florianópolis, já poderão ser usadas a partir de Janeiro e deram um novo fôlego ao clube, que está totalmente remodelado.

   A nova estrutura possibilitou que o clube, que operava de forma deficitária, ampliasse seus associados de 70, há oito anos, para 480 hoje. “O clube estava praticamente falido. Não tínhamos dinheiro para pagar a luz”, lembra o presidente do Atiradores, Álvaro César Moreira. “A obra foi um excelente negócio para ambas as partes”, acrescenta Moreira.

 A permuta foi assinada em julho de 2012 e envolveu a cessão de aproximadamente 6,5 mil metros quadrados da área do clube à construtora, em troca das novas instalações, de 14,5 mil metros quadrados de área construída. A nova estrutura do clube conta com estacionamento coberto com 210 vagas, mais 50 vagas externas; salão de festas com mil metros quadrados e capacidade para 900 pessoas – sendo 600 pessoas sentadas – e três outros salões menores para 80 a 100 pessoas, mobiliados e decorados - e cozinha industrial equipada.

Foram também construídas três piscinas – uma semiolímpica coberta mais uma adulto e uma infantil externas –, dois campos de futebol suíço, sala de jogos com 400 metros quadrados equipada com oito mesas de snooker, além de outras opções de jogos; ginásio poliesportivo, cancha de bocha coberta e com piso sintético, estande de tiro, academia completa, sauna, playground e sete quiosques. “Nosso novo estande de tiro é um dos melhores do Brasil”, comemora o presidente.

Dentro de sua nova realidade, o Atiradores projeta ainda, para os próximos anos, outras obras que incluem a cobertura das quadras de futebol suíço, quadra de padle, entre outras benfeitorias de menor porte. “Essas obras serão executadas pelo clube, dentro da nossa realidade orçamentária”, complementa Moreira.

O novo clube vai ocupar área de 15 mil metros quadrados aos pés do Morro da Cruz, com entrada por meio de um boulevard na lateral oposta aos portões da Univali, na Rua Uruguai, e a Cota Empreendimento vai construir, na área das antigas instalações do clube, um condomínio com quatro torres residenciais.

Novos associados 

 Com a nova estrutura física, o Atiradores pretende comercializar mais 20 cotas para novos associados ainda neste ano. No entanto, existe a possibilidade da comercialização de mais até 200 cotas a partir do ano que vem. Hoje a mensalidade custa R$ 120, devendo passar para R$ 170 a partir de janeiro do próximo ano. O valor da cota é de R$ 3,6 mil, parcelado em 24 vezes de R$ 150. 

O Clube 

Com 123 anos completados em abril, o Clube de Caça e Tiro Vasconcelos Drumond, mais conhecida como Sociedade de Atiradores de Itajaí – Schützenverin Itajahy, em alemão – é um dos mais antigos clubes sociais da cidade. Foi fundado em 28 de abril de 1895, por um grupo de origem germânica radicado em Itajaí, para resgatar as tradições alemãs esquecidas na cidade para o exercício do tiro ao alvo. Seu primeiro presidente foi Julius Galle e a primeira sede foi edificada onde hoje é o clube: no sopé do Morro da Cruz.

“Devido a construção da primeira sede a rua ficou conhecida como ‘dos Atiradores’, sendo posteriormente nomeada de ‘Rua República Oriental do Uruguai’, sendo hoje nominada apenas por Rua Uruguai”, conta o pesquisador e historiador Edison d’Ávila.

Para resgatar a as tradições alemãs, a entidade realizava anualmente, em 1º de janeiro, a Festa dos Atiradores, quando eram aclamados o rei do tiro e dois cavalheiros. “A abertura da festa era precedida por uma marcha pelas ruas da cidade, aberta por banda de música, porta-bandeira, seguidos do rei do tiro, cavalheiros, membros da diretoria do clube e séquito dos atiradores, todos devidamente trajados com insígnias a armas”, informa d’Ávila. No entanto, em 1998, com a alteração dos estatutos, a festa foi transferida para abril, para coincidir com o aniversário de fundação da sociedade.

Outra atividade recreativa prevista nos estatutos do clube era a o “jogo da bola”, hoje denominado bolão, com dois grandes torneios anuais. “Tratava-se de um espaço para o cultivo de sociabilidades e, principalmente, para o resgate da cultura alemã na cidade, embora houvesse sócios que não eram descendentes de alemães”, acrescenta o pesquisador. Tradições alemãs que fizeram do clube, durante a 2ª Guerra Mundial, um local para abrigar um batalhão do Exército brasileiro. “Ao saírem os militares levaram consigo documentos, registros e troféus, deixando a entidade desprovida de memória documental.”

Edison d’Ávila acrescenta que, após o final da guerra e da ditadura getulista, o clube foi devolvido aos associados e rebatizado como Clube de Caça e Tiro Vasconcelos Drumond. “O nome foi uma homenagem ao autor da primeira obra de colonização do Vale do Itajaí, Antônio Menezes Vasconcelos de Drumond, em 1820.”


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