terça, 16 de abril de 2024
Geral
26/10/2018 | 11:53

7 em cada 10 brasileiros só leem os títulos da noticias e não os conteúdos

As vésperas do segundo e decisivo turno das eleições para presidente da República e governadores, o que mais chama atenção nos debates e nos vídeos de divulgação dos candidatos, não são os projetos para nova gestão mas sim as polêmicas "fake news". A mais recente foi o vídeo divulgado em redes sociais envolvendo o candidato ao governo do estado de São Paulo, João Dória. Mas será que este tipo de acontecimento da para ser evitado? Será que se as pessoas prestassem mais atenção no que compartilham nas redes, este problema seria reduzido? 

Estudo exclusivo realizado pela DNPontoCom de Curitiba revela o comportamento e a disseminação dos brasileiros em relação as notícias falsas, "fake news". O objetivo desse estudo é fazer um levantamento ponta a ponta da disseminação das fakenews, compreendendo o aspecto comportamental e lógico das ações.

Todo o estudo foi realizado com base nos dados coletados da internet e tem por definição ser uma pesquisa explicativa. As informações coletadas pelo algoritmo serão base para a reformulação da etapa 6 de 10 da inteligência artificial #fakenewsautentica. Foram analisados 23.428 perfis de redes sociais, os critérios genéricos foram definidos como:

Sexo: 49.5% Homens - 50.5% Mulheres
Região: No máximo 15% do total por estado
Idade: de 15 a 65 anos, no mínimo 30% por geração X, Y e Z. 
Perfis abertos (Com permissão pública de leitura)
• Possuir mais de uma rede social associada

As informações colhidas foram extraídas pelo algoritmo com base em Processamento de Linguagem Natural, Deep Learning e Machine Learning. O
contexto da pesquisa foi feito através de: Informações básicas do perfil, familiares, relacionamentos, comentários em redes sociais, postagens realizadas, locais de trabalho, idade, onde mora e onde morou, check-ins, interesses: Livros, filmes, artistas, cantores, músicas, esportes e páginas em geral e páginas associadas, marcadas e postadas.

Com base nos dados colhidos nesta etapa pelo algoritmo foi possível determinar os seguintes fatores:
a) A influência da geração
b) Os gatilhos emocionais
c) Associação de credibilidade
d) Visões políticas

Influência de Geração. 

Foi identificado que 7 a cada 10 brasileiros da geração Z  (Geração Z é a definição sociológica para definir a geração de pessoas nascidas no fim da década de 1990 até 2010), lê apenas os títulos das notícias e não prestam atenção no contexto apresentado. Enquanto 6 a cada 10 da X (Geração X, como são as pessoas que nasceram entre 1960 e 1982), tem mais paciência em ler uma notícia no portal, mas ainda assim tem dificuldades em reconhecer sites de credibilidade. 

O número chega ser assustador, diante da realidade que vivemos. Uma geração marcada pela autoralidade, onde todos querem deixar sua marca usam as ferramentas de divulgação para espalhar noticias falsas. O que leva um jovem a compartilhar algo que não é verdade? Modismo? Falta real de cultura e leitura, ja que é uma geração marcada por fotos e emotions? 

E por fim, 6 a cada 10 da geração Y (Conhecida também pelo nome de Geração do Milênio, Geração Internet ou Digital, a Geração Y é constituída por pessoas que nasceram entre 1980 e 1990), pesquisam em mais de uma fonte a mesma notícia. A geração Z se influência mais facilmente por personalidades diversas (artistas, celebridades, cantores, blogueiros), enquanto a geração X se influência mais rapidamente por intelectuais. A geração Y e Z mudam de opinião com mais facilidade.  

Os Gatilhos Emocionais

O algoritmo foi capaz de identificar que 6 a cada 10 pessoas com tendências depressivas tendem a acreditar mais em notícias tendenciosas.
Pessoas com visões sensacionalistas negam os fatos e tendem a achar que são todos conspiratórios.

Pós-verdade é responsável por 67.3% das fakenews retransmitidas, sendo um dos principais gatilhos que produzem a disseminação de fakenews. (Pós-verdade é um neologismo que descreve a situação na qual, na hora de criar e modelar a opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais). 

Associação de Credibilidade

O estudo mostra que 4 a cada 10 pessoas tendem a compartilhar opiniões de ídolos do que de canais de credibilidade. Enquanto 3 a cada 10 pessoas são influenciadas por familiares. A pesquisa revela que 18% do total mais ativo politicamente é influenciado por artistas. 

Visões Políticas

Oito a cada dez pessoas com opiniões políticas mais fortes não se importam com os fatos desde que siga sua linha de raciocino. 23% julga a segurança da urna quando seu candidato preferido está abaixo nas pesquisas. 11% da geração Z se interessa por política, enquanto a geração Y
compreende 31%, 39% da geração X e 19% demonstra pouco interesse nas redes. 

Em seu discurso realizado no Senado este ano, Daniel Nascimento CEO da DNPontoCom, afirmou: " Não podemos menosprezar a realidade em que vivemos, a realidade em que a internet, as redes sociais e a falta de cuidado das pessoas quando compartilham conteúdos nestas plataformas, pode representar um grande estrago no exercício da verdade e da democracia." explica o consultor. 

Daniel finaliza afirmando que "Temos capacidade de sermos os pioneiros no combate a Fake News, com soluções bastante simples, criativa e eficaz da nossa forma brasileira."


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