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11/07/2018 | 14:17

Balneário Camboriú ganha Museu da Imagem e do Som (MIS-BC)

Projetores, lanternas mágicas, máquinas fotográficas, filmadoras, rádios, gramofones, vitrolas, televisores e muito mais. Uma novidade muito especial vai surpreender quem é apaixonado pela história do cinema, da fotografia e da música em Santa Catarina. Balneário Camboriú abre em 20 de julho, dia do aniversário de 54 anos da cidade, o Museu da Imagem e do Som (MIS-BC).

Instalado em uma área 1.364 metros quadrados, dividida em um prédio de seis andares especialmente construído para abrigá-lo bem no centro da cidade, o MIS-BC oportuniza um contato direto com as artes. O novo museu irá contar para moradores, turistas e estudantes o desenvolvimento da história da imagem e do som desde o século 19 ao redor do mundo.

O equipamento cultural mostra ainda aspectos curiosos do desenvolvimento da indústria do segmento. Entre as peças que fazem parte do acervo estão, por exemplo, os projetores que fizeram parte dos Cinerama, Autocine e Cine Itália – primeiros cinemas de Balneário Camboriú no século 20 –, um gramofone fabricado em 1890 em Londres (Inglaterra) e ainda um filme original de 9,5 milímetros de Charles Chaplin datado de 1917. No último andar do MIS, uma seção especial dedica-se a contar parte da história do mercado financeiro brasileiro e internacional através de cédulas e moedas de diferentes países.

Administrado pelo Instituto Delatorre, sob o comando do empresário Fernando Delatorre, o MIS-BC resgata a história da imagem e do som em seus mais variados aspectos. “Buscamos implantar uma proposta museográfica moderna, segmentada em áreas temáticas, que inclui também a filatelia e numismática, permitindo realizar uma viagem no tempo”, destaca Delatorre.  

Instituto Delatorre

Criado em 12 de dezembro de 2012, o Instituto Delatorre tem o objetivo de oferecer espaços com a proposta de promover a educação através da cultura, preservando equipamentos da imagem e do som e garantindo benefícios para as futuras gerações. Com um acervo de aproximadamente 2.800 peças, o Museu da Imagem e do Som começou a ser idealizado nos anos 80 do século passado durante uma viagem de Delatorre à Europa, época em que o empresário visitou museus da França, Itália, Espanha, Portugal e Holanda. Até a concretização do MIS-BC, foram quase 40 anos coletando peças para o acervo e aprimorando conhecimentos sobre museologia em países como Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Estados Unidos e também na Europa.

Além da área de exposição permanente, a estrutura do museu conta com um auditório com capacidade para 50 pessoas, espaço para exposições itinerantes e apresentação de filmes através de projetores antigos de 8 milímetros, super 8, 16 e 35 milímetros. O museu tem ainda estacionamento privativo coberto, cafeteria aberta ao público, biblioteca, espaço para cursos e oficinas e loja de souvenirs. 

O Museu da Imagem e do Som de Balneário Camboriú (MIS-BC) será aberto ao público de terça-feira a domingo, das 13h às 18h. O espaço também será aberto a visitas escolares e de grupos, que devem ser agendadas através do telefone (47) 3363-5786.

A cidade do cinema

A trajetória da história do cinema em Balneário Camboriú está diretamente ligada à família Delatorre. Primeiro grande empreendedor de entretenimento do município, Eduardo Delatorre, pai de Fernando e patriarca da família, inaugurou três cinemas na cidade entre 1965 e 1984, sendo os maiores de Santa Catarina. Foi neste ambiente mágico do cinema que Fernando Dellatorre foi criado e onde exerceu diferentes funções dentro do cinema.

Quando inaugurado, o Cinerama de Balneário Camboriú possuía capacidade para 1,2 mil pessoas em uma cidade que, na época, tinha 10 mil habitantes. Ou seja, o cinema tinha capacidade de acomodar pouco mais de 10% da população local de uma só vez.

Situado ao lado do MIS-BC, o Cine Itália é um dos únicos cinemas de Santa Catarina que ainda projeta filmes em 35 mm em tela gigante, com poltronas e todas as características originais de quando foi inaugurado, em 1984. Fernando Delatorre pretende voltar a fazer exibições de filmes clássicos na sala de cinema, como parte integrante da experiência de contar a história da sétima arte.


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