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01/11/2017 | 09:39

Região Sul tem medalhistas na maior competição de educação profissional do mundo

Por Jalila Arabi

A maior competição da educação profissional do mundo fez o Brasil subir ao pódio 15 vezes em outubro deste ano, nos Emirados Árabes Unidos. A WorldSkills levou 56 brasileiros para a olimpíada e deixou o País na segunda colocação geral no ranking, ficando atrás só da Rússia. O jovem Gustavo Zarpeon Andreola, de apenas 19 anos, foi um dos competidores e conquistou o lugar mais alto no pódio, trazendo o ouro para o Brasil na categoria de mecatrônica.

Ga?cho foi ouro em campeonato de educa??o profissional em Abu DhabiAos 15 anos, Gustavo já estava formado no ensino médio. Sem muita certeza do futuro, o filho de caminhoneiro e de uma costureira decidiu apostar as fichas no curso técnico de mecatrônica. Apaixonado por robôs, máquinas e equipamentos, o jovem se dedicou à competição depois de ser notado pelos professores do curso. Foi com um robô industrial que o gaúcho trouxe do campeonato a medalha de ouro no peito. “O momento em que eu recebi a medalha foi o momento em que tudo valeu a pena. O momento em que eu subi no pódio foi quando eu olhei para trás e vi que toda minha caminhada, tempo de treinamento, todas as coisas que eu tive que abrir mão para poder treinar valeram a pena.” Das 15 medalhas trazidas pelo Brasil, cinco foram da região Sul. A olimpíada é a maior do planeta no segmento da educação profissional. A região Sul do País tem mais de 320 mil matriculados em cursos técnicos, segundo dados do último Censo Escolar. Ainda que sejam vistos como cursos voltados para os homens, as mulheres são maioria no Sul, com quase 173 mil matrículas. No Rio Grande do Sul, são 71 mil mulheres na educação profissional. Em Santa Catarina, o número de matrículas é um pouco menor, pouco mais de 28 mil. No Paraná é onde está concentrado o maior número de mulheres em cursos técnicos, com 73 mil e duzentas matrículas. A engenheira civil e agora parlamentar Leandre (PV-PR) acredita em mais oportunidades para as mulheres no setor. “Nós precisamos, cada vez mais, avançar em busca da igualdade. O grande problema é que para chegarmos à igualdade, nós não conseguiremos se não olharmos para a questão da equidade.” Assim como Gustavo, 42 mil jovens na região Sul que estavam matriculados no ano passado na educação profissional tinham entre 18 e 19 anos. A maioria, segundo o Censo, tem 25 anos ou mais.


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