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Geral
15/09/2017 | 11:07

Projeto da Univali acolhe afásicos e cuidadores de Itajaí e região

Depois de sofrer uma lesão cerebral, muitas pessoas são afetadas nas capacidades de falar, entender, ler e escrever. Trata-se da afasia, um distúrbio de linguagem causado por acidente vascular, traumatismo craniano, meningite, tumores, entre outras ocorrências que lesionam o cérebro. Para fortalecer a rede de apoio de afásicos de Itajaí e região, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) criou um projeto de extensão, que acolhe e orienta pacientes e cuidadores, com encontros semanais e gratuitos.

 

 

 

 

 

A proposta iniciou em 2011, para assessorar a Associação de Afásicos de Itajaí e Região (AAfas). A professora Denise Terçariol, do curso de Fonoaudiologia, fundadora do projeto, conta que antes já havia um trabalho do curso dirigido às famílias de afásicos. "A Univali lançou um edital para projeto de extensão e a proposta efetivou de fato o nascimento desta associação. Hoje nós damos o suporte a eles, com uma equipe multidisciplinar", explica a docente.

Deise Baixo Duarte Furtado, professora da Fonoaudiologia e atual coordenadora do projeto, ressalta que o trabalho não tem caráter clínico, mas surte efeitos muito positivos nos envolvidos. "Os afásicos apresentam tendência ao isolamento, alguns foram afastados de suas rotinas e o nosso objetivo é fazer com que eles se sintam novamente ativos e úteis. Nas atividades, eles veem outros na mesma condição e isto faz com que enfrentem melhor os desafios impostos pelo distúrbio", opina.

Encontros semanais com equipe multidisciplinar

Acadêmicos e professores dos cursos de Fonoaudiologia, Psicologia e Enfermagem planejam, discutem casos, executam e monitoram as atividades, que se dividem entre triagem de novos pacientes, reuniões com cuidadores, oficina de conversação, encontros da associação e reuniões internas da equipe do projeto.

Nas segundas-feiras, a partir das 14h30, no bloco F5, as atividades ocorrem de forma separada -  afásicos para um lado e cuidadores para outro. Nas quartas-feiras, no mesmo horário, são feitas as triagens e todos os associados reúnem-se para atividades de lazer como – dominó, baralho, artesanato, entre outras.

Fortalecimento do grupo

Osmar Lima, presidente da AAfas, explica que antes o grupo tentava se reunir em outros locais, mas a vinda para a Univali facilitou e fortaleceu a associação. "Lá não estava mais adiantando, formou o projeto aqui, porque aqui era melhor", fala, ao seu modo.

Maria Weingartner, esposa de um paciente, não perde um encontro. Ela já participa do projeto há mais de três anos e diz que os benefícios contemplam toda a família, refletindo no desenvolvimento do marido: "A gente precisa estar bem para cuidar do outro. Estes encontros são preciosos, mexem com todo mundo".

Aprendizado que faz a diferença

Para Tatiani Slezaczez, aluna do 6º período de Fisioterapia da Univali, a vivência com o público atendido é um constante aprendizado. Além disso, ela salienta que a experiência em fazer parte de uma equipe multidisciplinar ainda na graduação agrega muito à sua formação.

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"Ver a diferença que esse projeto faz na vida destas pessoas é algo que me deixa muito feliz, extrapola a vida acadêmica. Eu realmente gosto muito de estar aqui", afirma Andrielli Freitas Rodrigues, acadêmica do 6º período de Fonoaudiologia.

Como participar?

Os interessados devem entrar em contato com a Clínica de Fonoaudiologia da Univali, pelo telefone (47) 3341-7692, para agendar um horário de acolhimento. No primeiro contato a equipe apresenta as atividades do projeto e realiza uma breve avaliação para conhecer o participante. Não é necessário encaminhamento médico ou de unidade de saúde, e tanto a triagem quanto as atividades são ofertadas de forma gratuita.

Mais informações: (47) 3341-7659, na coordenação do curso de Fonoaudiologia da Univali.


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