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12/05/2017 | 13:42

Moradores se viram como podem durante a greve da Coletivo

A dona de casa Camila Cândido, 21 anos, mora no Bairro Cordeiros e está passando um cortado para se deslocar pela cidade desde que cobradores e motorista da empresa Coletivo anunciaram a greve, segunda-feira (8). Sempre que precisar ir ao posto de saúde do bairro, Camila usa o ônibus. Quarta-feira, no entanto, depois que a filha ficou com 39 graus de febre, Camila teve que descolar de bicicleta, no frio, com a menina doente. “É ruim para a gente essa situação. Eu sei que a prefeitura deu um jeito com os táxis e ônibus. Ajuda muito, mas como eu não moro em uma rua principal, não tive essa facilidade”, falou.

A situação de Camila é muito parecida com a de outros usuários do transporte público coletivo. A empresa que fornece o serviço em Itajaí, a Coletivo, pagou só a metade dos salários dos funcionários. Insatisfeitos com a decisão, os trabalhadores resolveram cruzar os braços. Para piorar a situação, a Coletivo anunciou que pagará a outra parte da remuneração somente no dia 18.

O desempregado Milton Nogueira, 60, estava no ponto do Itaú quarta-feira, perto do meio-dia. Sem emprego e sem aposentadoria, Milton estava rodando Itajaí atrás de trabalho. “Eu já perdi mais de duas horas aqui nesse ponto. Para onde eu preciso ir não tem van e nem ônibus”, reclamou.

A técnica em enfermagem Gaziele Lopes, 29, ainda não se adaptou à falta de ônibus. Ela tem um horário rígido para entrar no serviço e terça e quarta entrou quase uma hora atrasada. “Meu chefe sabe que está tendo greve, mas não quero chegar tarde todos os dias. Ontem eu peguei carona com uma vizinha, mas não é sempre que terei essa ajuda”, diz.

Para que a população não ficasse na mão, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, colocou em prática um plano emergencial com o cadastramento de veículos de fretamento interessados em auxiliar no transporte dos moradores.

O serviço escolar privado e de fretamento estão funcionando nos intervalos da sua operação regular diária. Já o transporte turístico poderá operar durante todo o dia. Os táxis também estão à disposição durante todo o dia, sendo permitido o desligamento do taxímetro quando houver mais de dois passageiros, ao preço de R$ 4 por pessoa. Confira os itinerários no link http://migre.me/wB1vQ

Os parquímetros foram desligados segunda-feira, depois do meio-dia. Quem foi autuado pela Estapar depois desse dia e horário enquanto perdurar a greve, deve procurar o Procon de Itajaí para pedir o ressarcimento dos valores.

As equipes da Coordenadoria de Trânsito (Codetran) estão de plantão e dão apoio nos seguintes locais para evitar eventuais problemas em vias públicas: Prefeitura, Terminal Ressacada, Terminal Fazenda, Terminal Cordeiros, Av. Sete de Setembro e Av. Prefeito Paulo Bauer.


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