Depois da alta de 2,03% em março, a cesta básica voltou a apresentar aumento no custo em abril, em Itajaí. Desta vez, a elevação foi menor, registrada em 1,09%, passando de R$350,76 em março para R$354,60 em abril. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa feita em seis supermercados da cidade.

Os produtos que contribuíram para o aumento foram a batata (15,08%), a manteiga (11,57%), a farinha de trigo (9,15%), o arroz (4,60%), a banana branca (4,25%), o leite (3,69%), o café em pó (2,82%), o pão francês (1,41%) e a carne (0,50%). Apesar da alta no custo da cesta básica, quatro produtos que a compõem tiveram queda, são eles: o feijão preto (12,32%), o óleo de soja (7,18%), o açúcar (5,77%) e o tomate (2,70%).

Segundo os pesquisadores, a elevação no custo da cesta foi mais uma vez provocada principalmente por produtos in natura, que tiveram variações significativas motivadas pela sazonalidade e pelas alterações climáticas. "Constatamos falta de alguns produtos, poucas marcas e, em alguns estabelecimentos, as frutas e verduras estavam bem deterioradas", comenta o professor Jairo Romeu Ferracioli, responsável pelo projeto.

No acumulado cesta segue em queda

O custo da cesta básica em 2017 continua em queda acumulada de 3,72%. Além disso, se comparado o preço de abril do ano passado ao preço do mesmo período deste ano, a queda é de 0,57%, abaixo do índice de inflação.

O poder de compra do trabalhador

Com o aumento do preço da cesta básica, o poder de compra do trabalhador assalariado em relação a alimentos básicos teve uma leve piora. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 37,43% em março para 37,84% em abril. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 83 horas e 16 minutos de um total de 220 horas mensais.

Mais informações: (47)3341-7618, na Uni Júnior da Univali.