Febre alta, dores de cabeça, vômito, rigidez na nuca, dificuldade de abaixar a cabeça podem indicar uma doença perigosa: a meningite. Em crianças menores de um ano, os sintomas podem incluir ainda moleira inchada, choro agudo, irritabilidade e recusa de alimentos. Ao sentir qualquer um desses sinais, é preciso ficar atento e procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada maiores são as chances de cura.
No Brasil, foram registrados quase 16 mil casos de meningite somente em 2015, conforme o Ministério da Saúde. A doença é uma inflamação das meninges (membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal) e pode ser causada por vírus, fungos, bactérias, protozoários e também por agentes não infecciosos. Entre os tipos de meningite, a bacteriana é considerada a mais grave – que se não tratada pode deixar sequelas e até levar à morte.
A transmissão da doença ocorre por meio das vias respiratórias, quando a pessoa entra em contato com secreções, gotículas do nariz e da garganta expelidas pela fala, tosse e espirro. Ambientes fechados e sem ventilação facilitam a transmissão da meningite. Além disso, pessoas que compartilham dormitórios ou residem na mesma casa também estão mais suscetíveis à doença, bem como em creches, escolas e acampamentos.
A melhor maneira de se proteger é mantendo a carteira de vacinação em dia, principalmente a de crianças menores de um ano. As vacinas Pentavalente, Meningocócia Conjugada C e a BCG são exemplos de imunização contra a meningite que estão disponíveis gratuitamente nas unidades básicas de saúde do município.
Recentemente, o governo federal estendeu a vacinação contra a Meningite C para meninos e meninas de 12 e 13 anos. A intenção é reforçar a eficácia da vacina, pois com o passar dos anos pode haver diminuição da proteção. A meningite C é o subtipo mais frequente da doença e representa cerca de 60% a 70% dos casos.
É aconselhável ainda seguir medidas básicas de prevenção, como lavar sempre as mãos, cobrir a boca ao tossir e não compartilhar itens de uso pessoal com outras pessoas.