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Geral
22/09/2015 | 09:35

PF desarticula organização suspeita de movimentar US$ 600 milhões por ano

A Polícia Federal deflagrou a operação Ex-Câmbio nesta terça-feira. A ação desarticulou um esquema de crimes financeiros envolvendo quatro organizações criminosas integradas por doleiros que atuavam em Santa Catarina, suspeitas de movimentar cerca de US$ 600 milhões por ano. A ação ocorre nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

 

Desde as primeiras horas da manhã, 280 policiais federais cumprem 27 mandados de prisão, sendo 10 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de prisão temporária, além de 68 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de condução coercitiva. Também foram bloqueados 30 veículos e 37 imóveis, sequestrados. Os mandados foram cumpridos em Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Dionísio Cerqueira, Porto Belo, Joinville, Barracão (PR), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

 

Os grupos investigados, que atuavam como agentes oficias do mercado de câmbio, usavam as correspondentes cambiais como fachada para a prática de uma série de crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Entre as fraudes praticadas estavam falsificação da identidade dos adquirentes da moeda estrangeira (boletagem), como também dos reais remetentes e destinatários de divisas ao exterior decorrentes do pagamento de importações (fraude cambial). Também praticavam a evasão de divisas mediante o sistema de dólar cabo.

 

Os recursos obtidos com as atividades criminosas eram dissimulados de diversas maneiras, entre elas, o uso de laranjas para a compra de imóveis e carros de luxo e a movimentação de contas bancárias, contando ainda com a participação de dois gerentes de banco. A movimentação dos grupos com essas ações chegava a US$ 600 milhões de dólares por ano.

 

A investigação teve início em 2011 com a apreensão de mais de US$ 80 mil transportados clandestinamente por um dos integrantes da organização criminosa investigada. No decorrer dos trabalhos já foram apreendidos mais de US$ 350 mil e R$ 400 mil em espécie.

 

Os envolvidos responderão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, instituição financeira clandestina, fraude cambial, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, e integração de organização criminosa. 


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