Permanece o impasse envolvendo os comerciantes que ocupam o camelódromo da praça Arno Bauer, no Centro de Itajaí. A Justiça determinou que os camelôs desocupassem o local até a noite de terça-feira, mas na quinta alguns boxes continuavam montados. O município, por sua vez, também estava postergando entrar com o pedido de reintegração de posse.
Inicialmente, o procurador-geral de Itajaí, Rogério Ribas, informou que o pedido de reintegração seria encaminhado já na quarta-feira. Na quinta, Ribas disse que aguardava o aval do prefeito e também um relatório da Secretaria de Urbanismo informando quantos comerciantes ainda permaneciam no local. Isso porque alguns deixaram a área a partir de quarta-feira.
A Secretaria de Urbanismo informou que esse relatório seria encaminhado para a procuradoria na quinta-feira. O fiscal que esteve no local também seria o responsável por aplicar a multa diária, conforme previsto, para quem continuasse ocupando a praça irregularmente. No entanto, até o fechamento desta edição nada estava definido.
O camelódromo de Itajaí está situado em área de patrimônio histórico, entre o Palácio Marcos Konder e a Casa de Cultura Dide Brandão. Os comerciantes ocupam a área há quase 30 anos. A polêmica para desocuparem a praça Arno Bauer começou em 2012, quando o Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar a concessão do camelódromo.
Para colocar fim ao problema, uma determinação judicial estipulou um prazo para que os comerciantes deixassem o local. O prazo expirou na última terça-feira e, de acordo com Rogério Ribas, a Justiça descartou qualquer possibilidade de prorrogação para desocupação do camelódromo. Os comerciantes foram notificados em abril e outubro do ano passado, mas permaneceram na praça.
Caso seja necessária a reintegração de posse, quem insistir em permanecer na praça será retirado à força. O advogado dos comerciantes, Pedro de Queiroz, não foi localizado durante esta semana para comentar se prepara alguma medida.