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Geral
30/04/2015 | 12:31

Aumenta pelo terceiro mês seguido o número de famílias que não conseguirão pagar suas dívidas

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor catarinense (PEIC), da Fecomércio SC, revela que, no mês de abril, o número de famílias que não terão condições de pagar seus débitos (9,6%) atingiu, pelo terceiro mês consecutivo, o valor máximo da série histórica iniciada em janeiro de 2013. Para a Fecomércio SC, o dado é um reflexo da retração da renda, que diminui os recursos disponíveis para o pagamento das dívidas.

De acordo com a pesquisa, o endividamento dos consumidores catarinenses subiu 1,1 ponto percentual (p.p.), de 57,5% para 58,6%, na comparação entre o mês de março e abril. Na comparação anual, houve alta de 3,7 p.p. O percentual de famílias com contas em atraso subiu para 16,9% (em março, eram 15,5% e, em abril de2014, 13,9%).

O nível de endividamento das famílias, no entanto, caiu em relação ao mês passado. O percentual dos muito endividados, que estava em 14,4% em março, passou para 13,9% em abril. No ano, essa porcentagem subiu 6,8 p.p. Na faixa dos mais ou menos endividados, o indicador cresceu, passou de 24,5% para 25,8%. Quanto aos pouco endividados, passou de 18,6% para 18,9%. Por fim, aqueles que responderam não ter dívidas desse tipo somam 41,4%, uma queda em comparação ao mês anterior.

Já em relação aos tipos de dívida dos catarinenses, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento, com 46,8%. Em segundo, terceiro e quarto lugares aparecem, respectivamente, os carnês (33,6%), o financiamento de carro (30,8%) e o crédito pessoal (21,4%). Já em relação ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos catarinenses endividados tem dívidas por mais de um ano (51%). 

Endividamento nas cidades

Nas cidades, Florianópolis é a que tem o maior percentual de famílias endividadas, com 85,8%, seguida por Chapecó, Itajaí e Joinville, todas com 50,6%. Em relação ao percentual de famílias com contas em atraso, Florianópolis também lidera com 23,5%. Itajaí (7%) e Blumenau (12,4%) apresentam o menor percentual de inadimplentes.
 
Entre as famílias que não terão condições de pagar, Joinville lidera com 10,9%. Nesse indicador, Blumenau e Itajaí são as melhores posicionadas, com apenas 8% e 4,8% de famílias sem condições de pagar suas dívidas, respectivamente.

Já em relação aos tipos de dívida nas cidades, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento, com especial destaque a Florianópolis, com 61,5%. Os carnês, financiamentos, tanto de carro, como de casa e o crédito consignado aparecem logo em seguida quase em todos os munícipios. Em Joinville, Chapecó e Blumenau é possível destacar o crédito pessoal. Nas contas em atraso, os itajaienses, com a maior média do Estado, levam 71,7 dias para 

De acordo com a Fecomércio SC, o endividamento, associado à inflação, e o percentual da renda comprometida com dívidas continuam relativamente altos, especialmente pelos juros elevados. Nesse sentido, o varejo vem sentindo o impacto em seu volume de vendas reduzido. Isto é, o crescimento anual das dívidas, com o aumento dos juros, está impactando na capacidade das famílias efetivarem novas compras com o recurso do crédito e não no forte aumento da inadimplência. Nesse sentido, o sistema financeiro permanece saudável; mas, por outro lado, o comércio e a economia como um todo se deterioram.


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