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Geral
16/04/2015 | 12:59

Inclusão Social é regra na Itajaí Stopover

Admiração e encantamento era o que se podia ver nos olhos de Natália, de 19 anos, e Laura (22), durante a visita guiada na Vila da Regata de Itajaí na manhã desta quinta-feira (16). O colorido e imponência dos barcos, aliados à boa receptividade dos velejadores e membros das equipes de terra das equipes competidoras, surpreenderam as duas garotas. Ela fazem parte de um grupo mais que especial que conheceu de perto toda a estrutura da regara formado por 15 pessoas atendidas pela Associação Amor para Down, com sedes nas cidades de Itajaí e Balneário Camboriú.

A instituição surgiu há cerca de 15 anos e atende hoje cerca de 80 pessoas, entre adultos e crianças. Foi criada a partir de reuniões de pais de crianças portadoras da Síndrome de Down, um distúrbio estrutural cromossômico que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atinge uma a cada 660 crianças nascidas. É totalmente beneficente e mantida por meio de convênios com o poder público, por empresas da região e também por pessoas que buscam ajudar na manutenção da entidade.

A Associação Amor para Down é associada à Federação Catarinense de Portadores da Síndrome de Down (Fecads) e presta atendimento aos seus i nas áreas de psicologia, neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Porém, segundo o presidente Carlos Antoniazzi, que também é pai de um portador da síndrome, o trabalho vai bem além disso. Entre as metas da entidade estão a maior abrangência da educação inclusiva, não apenas nos meios institucionais, mas também pela família, que muitas vezes discrimina o membro portador da síndrome. Para isso desenvolve todo um trabalho junto às famílias das crianças, jovens e adultos atendidos pela Associação.

"Também buscamos atuar nas esferas da educação profissionalizante, buscando a integração real do portador no mercado de trabalho", diz Antoniazzi. Ele acrescenta que a entidade também acompanha todos os estudos e publicações científicas relacionadas a síndrome, com o objetivo garantir a inclusão não apenas de seus associados, mas dos portadores da Síndrome de Down de Itajaí e Região.

"Tomando como base os números da ONU, temos na região, no mínimo 500 pessoas portadoras. Porém, para termos acesso a essas pessoas, temos que fazer com que, primeiro as famílias aceitem a realidade, para depois buscarem auxílio", afirma. Segundo a Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (Abads), essa deficiência é uma das mais comuns de nível genético. A associação alerta sobre a importância da conscientização dos pais a respeito da estimulação e o papel de facilitadores, que são fatores essenciais para o desenvolvimento adequado da pessoa com síndrome.

A Abads alerta que cabe aos pais iniciar um processo de intervenção precoce e esforços integrados de educação e saúde. Aspectos que irão influenciar de modo positivo o desenvolvimento e qualidade de vida da pessoa com síndrome de Down.


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