Em cada parada, mais de 20 dias de trabalho sem horário fixo. Essa é a rotina das 54 pessoas responsáveis pela manutenção dos veleiros da Volvo Ocean Race. Os testes e a montagem da estrutura levada para as paradas iniciaram em julho de 2013. Desde então, as atividades não pararam.

A estrutura na Vila da Regata, chamada de “O Estaleiro” (The Boatyard), possui seis contêineres, onde a equipe se divide de acordo com todas as etapas de testes a serem feitos. Velas, sistemas eletrônicos, construção do barco, sistema hidráulico, aparelhos e utensílios e sala de reuniões. Tudo isso precisa de pelo menos dois dias para ser montado e um dia para desmontagem. Por este motivo, existem duas estruturas que revezam a cada Stopover. O Estaleiro da parada nos Estados Unidos já está com a outra equipe no local, preparando-se para a chegada dos veleiros.

Na edição de 2012, o trabalho era individual de cada equipe, o que gerava expectativa e ainda mais disputa, uma vez que cada barco era modificado e estruturado de maneira exclusiva. Este ano isso não acontece. Uma única equipe prepara os barcos antes da competição e em cada parada, deixando-os iguais.

Para o assistente técnico Federico Bensadon, é uma grande responsabilidade organizar todos os detalhes para uma competição como a Volvo Ocean Race. “Não pode haver nenhuma modificação. Todos os barcos precisam estar exatamente iguais. Esse é o principal objetivo”, explica.

Etapas como o  Brasil são mais complexas, e exigem maior atenção. Isso porque os barcos são retirados da água para passarem por um ultrassom em todo o casco, seguido de ajustes necessários. A partir de agora, as paradas são mais rápidas, sem tempo hábil para realizar este processo completo. A preparação das velas é o item mais detalhado e difícil. Todo este trabalho e as peças utilizadas podem ser conhecidos no espaço da Vila da Regata, aberto à visitação do público no horário de funcionamento da Vila.