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Geral
23/03/2015 | 08:33

Com o fim do verão, alerta para aparecimento de bichos perigosos à saúde permanece

Os itajaienses já sabem que as altas temperaturas e umidade do verão favorecem a proliferação de pragas como o mosquito da dengue e até escorpiões. Mas isso não quer dizer que ao término da estação, no próximo fim de semana, os moradores da cidade devam se descuidar.  De acordo com o Núcleo de Controle de Zoonoses do município, o aparecimento desses bichos pode continuar mesmo no outono e no inverno.

Com termômetros marcando temperaturas altas e os veranicos, o outono também poderá ter aparecimento do mosquito aedes aegypti, escorpiões, mais concentrados na zona rural, e caramujos africanos. Os focos também podem perdurar até a estação seguinte, visto que os invernos não têm sido muito rigorosos no estado.

Deste modo, o alerta continua valendo. Até esta semana Itajaí já havia registrado 480 casos de dengue. O número coloca a cidade como a primeira de Santa Catarina a ter um surto da doença. Uma medida adotada recentemente para vencer a dengue foi o início da penalização de quem não cumprir com as orientações para evitar a proliferação do mosquito transmissor.

Coordenador do Programa da Dengue em Itajaí, Lúcio Vieira explica que pela necessidade de alterações nos blocos de notificação ainda não foram emitidas multas por enquanto. Porém, a partir de segunda-feira os formulários estarão disponíveis nas mãos dos cerca de 40 fiscais do programa.

_Apesar das atividades de orientação, algumas pessoas insistem em permanecer no erro. Numa rua com 20 casas se 19 tiverem prevenção e em uma não tiver essa uma pode ser responsável por infectar várias pessoas. Mas claro que a multa é a última medida _ diz.

Outros bichos comuns em épocas quentes e de muita chuva são o caracol africano e o escorpião. Recentemente a prefeitura lançou um alerta para o aparecimento do caracol, também conhecido como caramujo africano. O molusco é imune ao frio e calor e se prolifera rapidamente e em grande quantidade, já que não possui nenhum predador.

A retirada dos caramujos deve ser feita com o uso de luvas e eles não devem ser depositados diretamente no lixo doméstico. Os moradores devem cavar valas com pelo menos 80 centímetros de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou de lençol freático; colocar sempre que possível uma pá de cal virgem (cuidado, a cal queima a pele) para impermeabilizar o solo e para não atrair outros animais; despejar os caracóis e fechar com terra. 

Os escorpiões também aparecem com mais frequência durante o verão, especialmente na zona rural de Itajaí. Mas podem ser encontrados durante todo o ano. É importante não acumular entulhos, onde eles costumam se abrigar. Nesse caso a retirada só pode ser feita por profissionais do Núcleo de Zoonoses. A picada do escorpião é bastante dolorida e pode causar complicações.

_ É importante que ninguém tente pegar e quem for picado deve imediatamente procurar um hospital para que a equipe médica avalie se há necessidade do soro antiescorpiônico _ detalha a veterinária Ana Paula dos Santos.

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O que podem causar

Aedes aegypti: mosquito transmissor da dengue. No caso de Itajaí o surto é de dengue tipo 1, causa dor no corpo, de cabeça, atrás dos olhos e febre. No entanto, esse tipo de dengue é menos grave que a dengue hemorrágica. Essa normalmente acomete pessoas que já tiveram dengue e contraem o vírus pela segunda vez. A prevenção é importante justamente para que não haja um novo surto pois as pessoas infectadas desta vez estariam mais vulneráveis.

Caracol africano: em outras regiões do país transmite doenças como meningite e esquistossomose. Em Itajaí jó foram realizados testes e não há esse risco. A preocupação aqui é por motivos de higiene já que o molusco passa pelo lixo, áreas e outros locais até chegar ao quintal de casa.

Escorpião: a picada causa dor local, podendo ficar vermelho e essa dor pode ser forte. Em crianças e idosos, especialmente, a situação pode se agravar para um edema pulmonar, choque e levar à morte. Por isso, qualquer pessoa que for picada deve ir ao hospital. A retirada é feita pelos especialistas do Núcleo de zoonoses (3249-5571).


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