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Geral
12/02/2015 | 15:37

Grupo se reúne com secretário estadual de segurança pública para criar uma força-tarefa para investigar roubos de cargas e veículos de transporte

Essa é uma iniciativa inédita que partiu das cooperativas de transporte do estado e busca envolver os representantes da segurança pública nesta luta contra os roubos. A ideia é criar um grupo especializado para investigar os roubos de cargas e de veículos de transporte. Só assim, os representantes acreditam que será possível diminuir a impunidade, unindo a repressão ao crime e a investigação. Além disso, o objetivo é coibir qualquer ato de interesse de aliciamento aos profissionais que atuam em rodovias do Brasil.

            A partir da reunião desta quarta-feira, 11, os participantes do setor do transporte irão levantar outros dados como as rotas com maior número de roubos e tipos de mercadorias mais comuns. “Acreditamos que com esse contato direto com os delegados designados pelo próprio secretário de segurança estadual, vai facilitar o trabalho de investigação e possibilitar a busca de resultados positivos contra os roubos que vem ocorrendo com frequência e com aumento significativo”, pontuou o advogado especialista no setor de transporte, Cassio Vieceli. 

O encontro entre os representantes das cooperativas e o Secretário de Segurança Pública do Estado, César Augusto Grubba foi uma solicitação do Deputado Estadual Gean Loureiro, que acompanha a criação do grupo.

O roubo de cargas e de veículos de transporte vem preocupando o setor do transporte há muitos anos em Santa Catarina. Em 2014, a Cootravale, Cooperativa dos Transportadores do Vale, com sede em Itajaí registrou um aumento no número de roubos e no valor das mercadorias roubadas em comparação ao ano passado. Destes casos, algumas cargas saíram aqui do Estado com destinos diferentes e foram roubadas, na maioria das vezes em São Paulo e Paraná, estados que lideram o ranking nesses casos. Com essas estatísticas, Santa Catarina acaba registrando números diferentes dos nacionais e da realidade constatada pelas transportadoras. Dados da Confederação Nacional do Transporte, CNT, mostram que em 2013, o prejuízo com roubos de cargas chegou a R$ 1 bi no Brasil.

A expectativa do diretor de operações da Cootravale, Leonardo Bittencourt, com a criação do grupo “é que os roubos sejam investigados de forma completa, estendendo a investigação da origem até o local onde foi registrado. Um veículo que sai de Santa Catarina e tem o registro do roubo em São Paulo acaba sendo mais um roubo entre vários. Precisamos entender que o roubo começa na obtenção de informações privilegiadas, como o valor da carga, que é conseguido na maioria das vezes através do aliciamento de colaboradores que participam da operação. Um roubo de carga não pode acabar no preenchimento de um Boletim de Ocorrência”, explicou. Atualmente, os empresários investem em segurança para diminuir o prejuízo com os roubos, porém, os criminosos acabam sendo ainda mais audaciosos com uso de outras tecnologias.


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