quinta, 28 de março de 2024
Geral
21/01/2015 | 09:08

Aumento da gasolina e diesel pode encarecer frete e produtos básicos

O transporte rodoviário de cargas é considerado ainda o meio mais utilizado ( cerca de 60%) do total de movimentação da cadeia logística e as medidas anunciadas nesta segunda-feira, 19, pelo ministro da fazenda, Joaquim Levy, preocupam os empresários do setor. Um dos pontos mais problemáticos para os transportadores é o aumento dos tributos sobre os combustíveis. De acordo com o Ministério da Fazenda, o reajuste do PIS/Cofins será de R$ 0,22 no litro de gasolina e de R$ 0,15 no litro de óleo diesel, com previsão de sua redução quando o aumento da CIDE for efetivo.

Hoje, o valor pago pelo litro da gasolina tem uma variação em Santa Catarina de R$ 2,74 e 3,14, e no diesel de R$ 2,34 a R$ 2,99, segundo a ANP. Com um aumento deste montante por litro, a previsão de reajuste no frete pode se concretizar. “ Se levarmos em conta que mais da metade do que chega nas residência passa pelo transporte de cargas e que os gastos de uma empresa do setor giram em torno de 35% com combustíveis, o consumidor final deve sentir no bolso a diferença. É preciso analisar que o aumento anunciado em alguns impostos, influencia uma enorme cadeia, onde os consumidores ficam reféns”, lembrou Cassio Vieceli, advogado especialista na área do transporte rodoviário de cargas           .

Essa divulgação preocupa ainda mais os empresários, que já mostravam insegurança na última pesquisa realizada pela CNT, no mês de outubro. Na 2ª fase do estudo no ano passado, 82,7% dos empresários disseram que tiveram aumento de custos e já previam esse aumento nos insumos. Com isso, a pesquisa concluiu que os transportadores estão pessimistas quanto ao crescimento no país e também não acreditam em melhorias.

De acordo com o advogado especialista, a situação já é difícil ao transportador, e mais este aumento inviabiliza a atividade do transporte. “Já há uma defasagem latente no valor do frete, e quando sai um aumento de combustível, é difícil repassar estes custos aos embarcadores, ou seja, o transportador sempre está arcando com o ônus da atividade”, pontuou Vieceli. Além dos aumentos, o empresário do ramo ainda se depara com altos índices de roubo/furto de veículos e cargas, má conservação das estradas, o que encarece a manutenção, alta carga tributária, falta de mão de obra e outros problemas. 

Texto e informações a imprensa: Luana Lemke.


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