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Geral
03/07/2013 | 11:47

Complexo Portuário precisa crescer para impulsionar economia da região

O Complexo Portuário vive um momento de crescimento e excelente competitividade no mercado nacional e internacional de movimentação de mercadorias. Para se ter uma ideia, abril de 2013 apresentou um aumento de 21% de toneladas por atracação em relação ao mesmo mês de 2012. Esse aumento ocorreu em decorrência do crescimento dos navios operados no complexo.

 

 

        “O aumento no tamanho dos navios que trafegam na costa brasileira acaba gerando uma grande preocupação para nós. Se não iniciarmos o mais breve possível as obras de uma nova bacia de evolução para o complexo, deixaremos de receber esses cargueiros”, explica Antônio Ayres dos Santos Júnior, superintendente do Porto de Itajaí.  Esse aumento de movimentação reflete em toda a cadeia de serviços que envolvem toda a economia da região, tais como despachantes, transportadores, empresas de comércio nacional e internacional, outras atividades ligadas ao setor, e mesmo fora dele, como restaurantes, mercados, postos de gasolina etc. Além disso, a atividade portuária é responsável pelo maior número de empregos gerados na região e lidera na arrecadação de impostos aos cofres municipais, além de movimentar toda a economia local.

 

Mercado internacional exige adaptação

 

        Por isso a necessidade da realização da obra de uma nova bacia de evolução no leito do rio Itajaí-Açu. “Os investimentos no Complexo Portuário do Rio Itajaí são de grande importância para que os terminais da região possam receber navios de grande porte, que estão dominando o mercado. Sem esta atualização, os portos de Itajaí e Navegantes perdem competitividade. Esses investimentos aumentarão consideravelmente a capacidade de operação e modernizarão os terminais da região”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Santa Catarina, Paulo Bornhausen.

 

        O impacto da não realização da obra será brutal para toda a região que envolve o Complexo Portuário. Estima-se a perda de R$ 30 milhões mensais a partir do próximo ano, com a queda de aproximadamente 75% no movimento de entrada e saída de navios e a debandada dos armadores para outros portos que comportem embarcações maiores.

 

Gigantes do transporte já navegam na costa brasileira

 

Segundo um levantamento feito pelo Complexo Portuário, a não ampliação da bacia de evolução coloca em risco 20 mil empregos, causando um grande problema social em toda a região. As estatísticas dos terminais já estão sentindo os reflexos da não conclusão da obra, pois alguns contratos não foram renovados para o próximo ano.

 

        A situação é irreversível, segundo Osmari de Castilho, diretor-superintendente administrativo da Portonave, pois os armadores estão atuando com navios maiores. Já são 22 deles, com 334 metros de comprimento, circulando pela costa brasileira e, a partir de 2014, os de 366 metros chegarão aos portos nacionais. Esse parâmetro é dado pela reforma que está sendo feita no Canal do Panamá, que comportará embarcações deste tamanho. “O Complexo Portuário do Rio Itajaí vem crescendo de maneira consistente e superando as suas limitações ao longo dos anos. Neste momento, precisamos de um esforço ainda maior para continuarmos sendo competitivos e não comprometermos todo o investimento feito até o momento. A nova bacia de evolução significa aumentar a produtividade dos terminais, redução de custos e aumento de competitividade. Significa estabelecer as condições necessárias para o crescimento sustentável de longo prazo”, afirma Castilho.


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