Tornar o consumo de peixes um hábito alimentar é sinônimo de mais saúde, pois são boas fontes de proteínas, com aminoácidos essenciais e também apresentam importantes quantidades de ferro, cálcio e as famosas “gorduras boas”, os ácidos graxos insaturados.
“O Ômega-3 é um ácido graxo essencial para a saúde humana, mas não é fabricado pelo organismo e, por este motivo, deve ser obtido a partir dos alimentos, dentre eles, alguns peixes como sardinha, salmão, atum e bacalhau”, ressalta a nutricionista da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 12 quilos de peixe por ano. Os dados mais recentes sobre consumo alimentar são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) e mostram que, em 2009, os brasileiros comeram em média nove quilos de peixe por pessoa, contra seis quilos consumidos em 2003. “As estatísticas são extremamente positivas já que o peixe é fundamental para que a alimentação fique mais saudável”, esclarece.
A nutricionista destaca algumas observações sobre a qualidade da carne do peixe e também a forma de preparo. Os peixes de carne mais clara possuem menor quantidade de gordura, como badejo, bacalhau, carpa, corvina, dourado, garoupa, linguado e pescada. Já os peixes de carne mais escura possuem maior quantidade de gordura, entre eles estão arenque, anchova, atum, bagre, cavala, salmão e sardinha.
Vale lembrar que a forma de preparo do peixe influencia diretamente na qualidade nutricional deste alimento, já que muitas pessoas abusam da fritura na hora do preparo. “Para o benefício ser maior, é necessário preparar o peixe assado, cozido ou grelhado e com os demais ingredientes ricos em vitaminas e minerais, como legumes e demais hortaliças”, alerta.
Em Itajaí, os consumidores têm a oportunidade de adquirir pescados frescos no Centro de Abastecimento, popularmente conhecido como Mercado de Peixe. “Nos últimos anos a Vigilância Sanitária de Itajaí vem atuando constantemente no Mercado de Peixe, resultando em melhorias na estrutura física, área de atendimento e, principalmente, na qualidade dos produtos expostos à venda”, afirma Luiz Antônio Spinosa, Diretor da Vigilância Sanitária Municipal.
Além de fiscalizar, a Vigilância Sanitária do município desempenha um trabalho contínuo de educação nutricional e sanitária, tanto com os manipuladores de pescados quanto com os consumidores. Palestras são ofertadas gratuitamente e as orientações aos que trabalham nas bancas de peixe são constantes.
No corredor central do Mercado de Peixe, por exemplo, foi fixado um mural educativo que incentiva o consumo de pescados e dá dicas sobre as características que devem ser observadas na aquisição destes produtos. Próximo a este mural é disponibilizado, gratuitamente, à população a Cartilha Educativa “Pescados: Segurança Alimentar e Nutricional – Dicas para o Consumidor”, material educativo da Vigilância Sanitária Municipal, onde são abordados temas como a importância do consumo de pescados, aspectos a serem observados no produto e no local de venda, além de dicas de como armazenar, transportar até em casa, descongelar e manipular o pescado de maneira segura, ou seja, sem colocar em risco a saúde dos consumidores.