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Geral
04/03/2013 | 08:24

Operação Presença conta com cerca de 300 agentes nas unidades prisionais do Estado

 

No domingo (3), foi encerrada a segunda fase da Operação Presença pelo Departamento de Administração Prisional (Deap). Nas últimas 72 horas, cerca de 300 agentes penitenciários visitaram as 49 unidades prisionais do Estado. Para o diretor do Deap, Leandro Lima, “a operação foi um sucesso, pois em todas as unidades vistoriadas não foram registradas ocorrências graves. Nossas equipes percorreram em média 700 quilômetros por dia. A rotina do sistema está normal”, relatou.

Participam também da operação, integrantes da Força Nacional, que estão reforçando a segurança em unidades prisionais do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Estadual e Federal.

Bilhetes, cartas e seis facas artesanais foram apreendidos durante o “pente-fino”, realizado pela Operação Presença, nas celas do Complexo Prisional de São Pedro de Alcântara. A unidade abriga 1,2 mil presos, em sua maioria considerados de alta periculosidade. Das 49 unidades vistoriadas, apenas duas tiveram incidentes registrados. Em Chapecó, dois presos não queriam retornar à cela depois do banho de sol. Ao perceber o reforço na segurança da unidade, que contou com patrulhamento aéreo do helicóptero da Polícia Civil, eles mudaram de ideia. Já em Jaraguá do Sul, um preso foi agredido pelo colega de cela. Ele recebeu atendimento médico e passa bem.

Na unidade de Itajaí, que é um local considerado crítico há dois anos, os 120 internos trabalharam normalmente no final de semana. Eles ganham por produtividade, além do salário previsto pela Lei de Execuções Penais. Na ala feminina, as detentas costuram enxovais para bebês e roupas de banho (biquínis, maiôs e saídas de banho).

As mesmas são contratadas por empresas renomadas no Vale. Toda a produção sai com a etiqueta identificando que a peça foi confeccionada pelas presas da unidade de Itajaí, motivo de orgulho para as internas como observou uma das costureiras.

Outra produção da unidade são as cadeiras de rodas, feitas a partir de sucata de bicicletas. Tudo começou quando os internos estavam fazendo curso de solda e resolveram fazer uma cadeira para um dos detentos que precisava do equipamento para se locomover. Depois de vários testes eles conseguiram montar a cadeira. Hoje, além de facilitar da vida do preso com deficiência física, auxilia pessoas de fora da instituição que não condições de arcar com a compra do equipamento.

Hoje existem seis mil presos trabalhando em funções que exigem mão de obra qualificada. A Secretaria da Justiça e Cidadania já firmou 172 convênios em cada unidade. Em São Pedro de Alcântara, por exemplo, os detentos produzem 4,5 mil telefones por dia para a empresa Intelbras. Em São Francisco do Sul, os presos tecem redes de pesca, em Jaraguá do Sul eles lapidam parte dos motores que são exportados pela WEG e também produzem módulos de cimentos que são usados na construção de casas populares. Em Curitibanos, os detentos fazem móveis para a rede de lojas Berlanda. 


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