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Geral
20/12/2012 | 15:51

Mais de 700 pessoas apresentam câncer de pele em Itajaí por ano

 

Em 2012, estima-se, para o Brasil, 62.680 casos novos de câncer da pele não melanoma (maior possibilidade de cura) entre homens e 71.490 em mulheres, é o que aponta a pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Quanto ao melanoma da pele, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (3.170 casos novos em homens e 3.060 casos novos em mulheres). As maiores taxas estimadas, em homens e mulheres encontram-se na região Sul do país. De acordo com o dermatologista da Rede Municipal de Saúde de Itajaí, Marcelo Watanabe, em Itajaí, são atendidas cerca de 700 pessoas com câncer de pele, por ano.

“Esse índice é bastante elevado se levar em consideração que muitas pessoas utilizam consultórios particulares e esses não são contabilizados, então é um índice preocupante”, avalia.


O principal motivo para a ocorrência é a exposição excessiva ao sol. Itajaí está localizada no litoral, possui praias e, no verão, é comum as pessoas ficarem expostas ao sol para obter uma pele mais bronzeada. O especialista adverte, no entanto que, em longo prazo, os danos à pele serão visíveis, pois quanto mais a pessoa se expõe ao sol sem proteção adequada, maior a possibilidade de ela desenvolver a doença.

“É um erro a pessoa achar que só existe sol na praia. Uma caminhada na rua com sol forte, de 20 a 30 minutos sem protetor solar, já é um risco à saúde. Outro erro é a pessoa passar o protetor depois que chegar à praia. É preciso se proteger meia hora antes de sair de casa”, alerta Watanabe.

 

Tipos de câncer de pele

O campeão do câncer de pele é o carcinoma basocelular, uma bolinha que cresce sem parar, mas não se espalha. O segundo tipo é o espinocelular, uma ferida que não cicatriza. O terceiro é o melanoma, uma mancha preta disforme que tende a crescer. Este último é mais raro, porém com alto índice morte.

Os dois primeiros são mais fáceis de curar, bastando apenas fazer uma remoção através de cirurgia.

Watanabe explica ainda que as pintas de nascença não cancerígenas. “As pintas cancerígenas são geralmente novas e não coçam, não ardem e a pessoa não sente dor. As pintas apenas crescem, não diminuem. Tem gente que diz que tem uma pinta que cresceu, mas depois diminuiu, mas isso não ocorre quando se trata de câncer”, afirma.

 

Use protetor solar 

A exposição solar moderada da pele sem proteção - não mais do que 15 minutos por dia - é benéfica e indispensável: estimula a circulação sanguínea e sintetiza vitamina D, importante para fortalecer a musculatura do corpo e o sistema imunológico contra doenças.
Por outro lado, a radiação em doses excessivas causa, além do câncer, pode sausar queimaduras e envelhecimento precoce. Os perigos do sol são tantos que desde o ano passado a Academia Americana de Dermatologia mudou a recomendação em fotoproteção. Em vez de FPS 15, passou a indicar que a população use, no mínimo, FPS 30.

No litoral, a recomendação é evitar o sol entre 11h e 17h, pois o sol é muito intenso nesse horário e o chão reflete as ondas solares. O protetor deve ser utilizado a cada duas horas.


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