quinta, 28 de março de 2024
Geral
20/12/2012 | 15:43

Economia Solidária cresce e ganha nova sede

 

Direto do produtor para o consumidor: essa é a filosofia do Centro Público de Economia Solidária (Cepesi), um grupo de associações e cooperativas que vendem produtos sem a intervenção de um intermediário. “A Economia Solidária surgiu nos ano 80, quando as igrejas trabalhavam nas periferias. As comunidades faziam o produto (bolsas, crochês, bonecas) e vendiam nas feiras. Hoje a Economia Solidária se tornou uma ferramenta de desenvolvimento social”, explica a presidente da Cepesi, Filomena M. Lavado.

A Cepesi conta atualmente com 16 Empreendimentos Associados, sendo que 11 deles, envolvendo cerca de 200 produtores,  oferecem os mais variados produtos como artesanatos, lembranças de Itajaí, confecções, cosméticos naturais, produtos alimentícios orgânicos, roupas para pets, móveis em madeira natural, bazar de recicláveis  e muitos outros. São tantos produtos que o Centro precisou de uma nova sede, na rua José Bonifácio Malburg, cedida pelo Banco do Brasil.

 

Trabalho em grupo

Para a voluntária Marília Luiza da Silva, 57, a Economia Solidária é importante porque reúne grupos de diferentes raízes. “No começo tínhamos índios, negros, hare krishnas, grupos de custura, e fazíamos nosso trabalho para que fosse mostrado um diferencial para Itajaí, que ainda não acordou para isso. Eu gostaria muito que as pessoas conhecessem o nosso trabalho”, afirma.

 

Diferencial

A preocupação ambiental também faz parte do dia-a-dia dos produtores. Eles buscam sempre materiais que não agridem o meio ambiente, como panos, madeira, sementes, papéis recicláveis, entre outros. O óleo de cozinha também é coletado pela entidade e depois é transformado em sabão.

“Nós também estamos fazendo parcerias com famílias do Vale do Itajaí para trazer produtos orgânicos e mostrar a famílias daqui de Itajaí que também podemos explorar essa prática, porque ainda não temos produtores de produtos orgânicos na cidade”, garante Filomena.

 

Autônomos

As pessoas que procuram a Economia Solidária geralmente estão desempregadas e fazem trabalhos artesanais para garantir o sustento. Na Cepesi, esse produto é avaliado e se for aprovado, o produtor passará por formações de empreendedorismo. A partir daí a pessoa participa das decisões do centro e ajuda voluntariamente na feira instalada na nova sede.

Para a voluntária Margarete de Castro da Silva, representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, a Economia Solidária “representa oportunidades, inclusão social e valorização do cidadão”.

 

Projetos Futuros

Em 2013 e 2013, a Cepesi vai participar do projeto federal de erradicação da pobreza. O centro vai atuar nos bairros Nova Esperança, Promorar e Imaruí, para formar grupos de trabalho de costura ou artesanato que pensem, futuramente, em vender seus produtos.  


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