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Geral
27/08/2012 | 15:10

Complexo Portuário do Itajaí é apresentado em São Paulo

 

Representantes dos principais players de logística de Santa Catarinense reuniram com o Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus) na última semana, com o objetivo de mostrar a força da comunidade portuária e as vantagens competitivas da plataforma logística do estado, disponíveis para o atendimento dos importadores e exportadores do sul e do sudeste do Brasil. O principal objetivo é amenizar os impactos das mudanças do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que entram em vigor em janeiro de 2013.

         Para os operadores do Complexo Portuário do Itajaí, o fim da guerra dos portos não acarretará em grande perda de cargas para outros portos do País. Vantagens fiscais oferecidas por SC contribuíram para elevar significativamente a movimentação nos terminais de Itajaí na última década, mas esses benefícios devem chegar ao fim em janeiro de 2013. Ainda assim, os operadores logísticos acreditam que a facilidade logística encontrada no Sul reduza eventuais perdas.

         O diretor superintendente da Portonave S/A – Terminais Portuários Navegantes, Osmari de Castilho Ribas, as deficiências operacionais encontradas no Porto de Santos tendem, naturalmente, a direcionar cargas de importação para o sul. “Poderá haver uma migração para Santos, mas será pequena. Fica difícil imaginar que os importadores se voltarão em peso para São Paulo, principalmente quando se olha para as dificuldades de acesso ao porto”, afirmou Castilho durante reunião do Comus.

         Para o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, somente os incentivos fiscais não explicam o salto na movimentação das importações pelos seus terminais. “No período em que o estado oferecia alíquotas reduzidas para os importadores que operassem nos portos catarinenses, também recebemos fortes investimentos em nossa infraestrutura e logística. Somente os incentivos não explicam o aumento da nossa movimentação de cargas. O incentivo fiscal só dá resultado porque temos uma logística competente”, argumentou Ayres.

         Itajaí é hoje o segundo porto em movimentação do País, atrás de Santos. Em 2011 recebeu um volume de carga equivalente a 984,3 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés). Metade dessa movimentação corresponde a cargas de importação, que cresceram gradualmente na medida em que os incentivos foram dados pelo Estado de Santa Catarina.

         Até 2004, Itajaí era basicamente um porto de exportação. Além disso, o número de empresas importadoras em Santa Catarina cresceu 64% entre 2001 e 2011, enquanto que as de São Paulo cresceu 34%. No mesmo período.


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