quinta, 28 de março de 2024
Geral
24/11/2011 | 16:30

Baleia-minke-antártica é encontrada morta em Porto Belo

 

Biólogos do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) recolheram na manhã de hoje, 24, um espécime neonato (bebê) morto, fêmea, com 3,65 metros, em perfeito estado de conservação, de uma baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) na praia de Porto Belo. Exames preliminares apontaram indicativos de interação com a pesca de emalhe e o animal foi transportado para o Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras. A espécie, também conhecida como baleia-anã, é uma das menores espécies de baleias no mundo e raramente se aproxima da costa. Foi a espécie mais caçada na costa brasileira até 1986 e desde então sua população vem se recuperando. Sua maturidade é atingida entre sete e oito anos. Sua gestação dura aproximadamente dez meses. Com a amamentação durando de quatro a seis meses. O filhote ao nascer pode pesar até 300 quilos e medir três metros. O intervalo médio entre as crias é de dois anos.

Os estudiosos estão investigando a ocorrência de mortes de animais marinhos no litoral catarinense em que já foram registrados o aparecimento de 26 tartarugas verdes (Chelonia mydas), dois golfinhos cinza (Sotalia guianensis) e 12 botos (Tursiops truncatus), conhecidos como ‘boto flíper’ ou ‘boto da tainha’, além de uma baleia jubarte, localizada na tarde de ontem, 23, em São Francisco do Sul. As tartarugas eram todas juvenis, com tamanho entre 33 e 41 centímetros de comprimento curvilíneo de carapaça, sendo que seis apresentavam marcas claras de interação com a pesca.

 

A maior parte dos animais foi recolhida na região Centro-Norte de Santa Catarina. Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, considera a situação atípica: “O número de mortes está muito acima do normal. Além do mais, os casos estão concentrados. Numa única praia, em oito quilômetros, havia 11 tartarugas. Chegamos a ter um golfinho a cada quatro dias. Estamos monitorando a orla e iremos averiguar a razão da alta concentração de mortes”, aponta. Todo o material foi recolhido para análise. Os pesquisadores estão percorrendo 350 km da costa catarinense à procura de novos registros e um laudo com a causa das mortes deverá ser divulgado em breve. A equipe monitora as mortes de animais marinhos na costa do Estado há 18 anos.


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