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Geral
17/11/2011 | 15:14

Líderes da Volvo Ocean Race passam por Fernando de Noronha no maior estilo "match race"

Os norte-americanos do Puma e os espanhóis do Team Telefónica fazem uma espécie de 'match race' (competição barco contra barco) na descida para a África do Sul pela primeira perna da Volvo Ocean Race. A diferença, após a passagem pela linha do Equador, não ultrapassa 12 milhas náuticas (22 km), o que para uma corrida de longa duração é pequena. Os veleiros barcos também já passaram pelo gate (ponto obrigatório) de Fernando de Noronha na madrugada desta quinta-feira (17).

A tradição da Volvo Ocean Race diz que quem vence a primeira perna da Volta ao Mundo é o campeão. Foi assim nas duas últimas edições e os dois barcos mais experientes na regata seguem a cartilha e polarizam uma disputa acirrada nas águas do Atlântico Sul após 12 dias de aventura.

"Após a passagem pela zona de calmaria, a tendência é ficar mais próximo da costa na descida pelo Brasil até a Cidade do Cabo. Espero que o 'Deus Netuno' nos ajude nesse trajeto. O Telefónica também escapou bem da área dos doldrums e acredito que os outros dois da flotilha deverão sofrer", contou Amory Ross, tripulante do Puma.

Já o espanhol Iker Martínez deixou bem claro como está a disputa nessa área com oscilação de vento. "Temos de continuar lutando. O Telefónica deixou para trás o marasmo. Temos vindo a pé em zero nós. Lutamos contra o vento com todo o entusiasmo", salientou o líder da equipe espanhola. O próximo a cumprir a regra passando por Fernando de Noronha será o Camper with Emirates Team New Zealand.

O francês Groupama 4, após uma largada surpreendente beirando a costa africana, é o lanterna da flotilha. Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Team Sanya (China) desistiram da primeira perna. O time dos Emirados Árabes, após vencer a Regata do Porto, em Alicante, teve um problema no mastro na largada e voltou para a Espanha para tentar resolver a avaria. Instalou novo mastro e retornou para a regata, mas enfrentou ventos muito fracos no Mediterrâneo, após deixar Alicante. Com medo de chegar atrasados na Cidade do Cabo e comprometer a perna seguinte, a tripulação de Ian Walker voltou para a Espanha e desistiu da competição. O barco segue de navio para a África.

A largada rumo à cidade do Cabo foi dada no sábado (5) e a previsão de chegada em território africano é 25 de novembro, depois de 6.500 milhas náuticas (12.044 km). A segunda perna, entre Cidade do Cabo e Abu Dhabi (Emirados Árabes) tem largada em 11 de dezembro para percurso de 5.430 milhas náuticas (10.060 km). Depois, a flotilha segue para Sanya/China(4.600 milhas náuticas/8.520 km), Auckland/Nova Zelândia(5.220 milhas náuticas/9.670 km), ao redor do Cabo Horn até Itajaí/Brasil (6.705 milhas náuticas/12.420 km), Miami/EUA(4.800 milhas náuticas/8.890 km), Lisboa/Portugal(3.590 milhas náuticas/6.650 km), Lorient/França(1.940 milhas náuticas/3.590 km), finalizando a aventura em 7 de julho de 2012, na cidade de Galway/Irlanda(485 milhas náuticas/898 km). Durante oito meses, os veleiros percorrerão 39.270 milhas náuticas (72.767 km).

Regata chega em abril em Itajaí (Santa Catarina) - A parada brasileira, em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, está prevista para abril de 2012. O trecho entre Auckland (Nova Zelândia) e a cidade catarinense é um dos pontos mais sensíveis e estratégicos da Volvo Ocean Race. As equipes velejarão 6.705 milhas náuticas (12.424 km) - o maior trecho da competição - pelos temidos mares do sul e tendo de contornar o Cabo Horn, considerado um dos locais mais perigosos para navegação do planeta.

A vila da regata de Itajaí será aberta no dia 4 de abril de 2012, quando devem chegar os primeiros barcos. Depois de duas semanas de manutenção, as equipes disputam a Regata Pro-Am, no dia 20, a Regata do Porto, no dia seguinte, e largam para os Estados Unidos no dia 22 de abril.

Mais informações: www.volvooceanraceitajai.com
 


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