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06/07/2011 | 08:38

Secretaria de Saúde amplia idade para prevenção do câncer de colo de útero

Para aumentar a detecção precoce do câncer do colo do útero, a Secretaria Municipal de Saúde vai ampliar a faixa etária para a qual é recomendada a realização de exames preventivos (Papanicolau) periódicos. A partir de agora, mulheres até 64 anos deverão ser examinadas. Pelas regras anteriores, de 2006, só mulheres com idades entre 25 e 59 anos deveriam realizar o exame.

 

A ampliação segue as novas diretrizes nacionais para o rastreamento do câncer do colo de útero lançadas nesta segunda-feira (04) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Com cerca de 500 mil casos novos por ano no mundo e mais de 18 mil no país, o câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Essa ampliação deve-se a maior expectativa de vida das brasileiras que, atualmente, é de 76 anos.

 

“Já estamos encaminhando um comunicado para todas as unidades de saúde a fim de informar a coordenação e as enfermeiras que fazem o procedimento sobre as novas diretrizes e reforçar a importância do exame", explica a Secretária Municipal de Saúde Dalva Maria Rhenius.

 

Em Itajaí, de janeiro a maio deste ano, já foram realizados 3935 exames preventivos nas unidades municipais. Já em 2010 foram aproximadamente 7 mil exames durante todo o ano. “Estes números comprovam que neste ano teremos uma maior quantidade de exames realizados, apresentando um considerável aumento na procura pela prevenção”, acrescenta a Secretária de Saúde.

 

O câncer de colo do útero tem uma fase sem sintomas em que a detecção de lesões precursoras pode ser feita através do exame preventivo. Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. Conforme a evolução da doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor.

 

"Toda mulher deve buscar o serviço de saúde para fazer o exame preventivo. Caso haja alteração, deve-se realizar outros exames para interromper o processo de adoecimento e evitar o aparecimento do câncer", ressalta a Coordenadora do Programa de Saúde da Mulher, Sandra Gesing Rosa.

 

As novas diretrizes recomendam que o intervalo entre os exames deverá ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. A coleta de material deve ser feita a partir dos 25 anos de idade e seguir até os 64 anos. Esse processo somente será interrompido quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.

 

No caso das mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame, devem ser feitos dois preventivos com intervalo de um a três anos. Se os dois resultados forem negativos, essas mulheres poderão ser dispensadas de exames adicionais.

 

A mudança nas diretrizes é uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde, o seu órgão vinculado, o Inca, e as Secretarias Estaduais e municipais brasileiras.

 

Exame Preventivo

 

O exame citopatológico do colo do útero (Papanicolaou), comumente chamado de exame preventivo, é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.

 

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 64 anos. A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Segundo a Secretária de Saúde, “mais importante que fazer o exame preventivo é buscar o resultado e apresentar ao médico para fazer o acompanhamento”.

 

Como evitar

 

A prevenção primária do câncer do colo do útero pode ser realizada através do uso de preservativos durante a relação sexual. A prática do sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio pelo HPV, vírus que tem um papel importante no desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer. Outros fatores de risco são o tabagismo, a baixa ingestão de vitaminas, a multiplicidade de parceiros sexuais, a iniciação sexual precoce e o uso de contraceptivos orais.

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Informações:

Dalva Maria Rhenius - Secretária Municipal de Saúde: Telefone: 3249-5524.


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