sexta, 19 de abril de 2024
Geral
13/04/2011 | 09:11

Investir em educação é a solução para suprir falta de mão de obra

O investimento com seriedade e responsabilidade em educação é a solução para suprir a falta de mão de obra qualificada na indústria, afirmou o vice-presidente da FIESC, Glauco José Corte, durante o Fórum de Estágio de Santa Catarina, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), nesta terça-feira (12), na sede da FIESC, em Florianópolis.
 


"A qualidade do nosso ensino básico e médio não supre as demandas das indústrias, que estão vivendo em um momento econômico de competitividade e precisam de profissionais qualificados. O que deve ser feito é uma aliança entre o setor público e o setor privado no sentido de qualificar os investimentos em educação", disse Côrte.



Para ele, os problemas que mais têm provocado a carência de profissionais qualificados são a baixa qualidade dos investimentos feitos em educação no país, a dificuldade de reter o trabalhador qualificado e o próprio desinteresse dos trabalhadores.



A situação pode afetar o crescimento do país. "O Brasil poderá ficar para trás em relação ao crescimento dos outros países que estão investindo seriamente em educação. Se não temos potencial de trabalhadores, puxamos o índice de crescimento para baixo", afirmou Côrte. "Essa é uma das questões que torna difícil a concorrência com países como a China", acrescentou.



Se o país continuar crescendo entre 4% e 5%, o Brasil irá precisar de cerca de 8 milhões de trabalhadores adicionais até 2015. É justamente o número atual de desempregados no país, contudo, são profissionais que não detém da qualificação exigida pelas empresas.



Aproveitar a grande quantidade de jovens que estão a mercê do mercado de trabalho e só não ingressam por falta de qualificação também é uma solução. "As empresas devem investir mais em capacitação para reter a força de trabalho e aumentar a produtividade e a competitividade da indústria", finalizou.



Os setores que mais estão sofrendo com a falta de profissionais qualificados são os de vestuário, móveis, mobiliário, tecnologia da informação e construção civil, sendo na sua maioria as empresas de pequeno e médio porte.



Durante o evento o gerente de recursos humanos da Tupy, João Paulo Schmalz, também apresentou o programa de estágio da empresa e como a prática tem auxiliado a Tupy a atrair talentos diante desta escassez de profissionais no mercado.
"Durante o período de estágio é possível conhecer o profissional, desenvolvê-lo e posteriormente contratá-lo. Devido ao programa bem estruturado que desenvolvemos, cerca de 30% dos estudantes que fazem estágio na empresa hoje são efetivados", afirma Schmalz.


JORNAL IMPRESSO
19/04/2024
12/04/2024
05/04/2024
29/03/2024

PUBLICIDADE
+ VISUALIZADAS