sábado, 20 de abril de 2024
Esportes
11/03/2011 | 10:22

Tá chegando a hora

 



O Banana Bowl será realizado de 14 a 20 de março, em Itajaí, Blumenau e Gaspar. O torneio infanto-juvenil faz parte da Gira Cosat (Confederação Sul-Americana de Tênis) e é Grade 1, ou seja, tem ótima pontuação para o ranking mundial da ITF – só ficando atrás, em importância, dos quatro torneios do Grand Slam e de outros cinco campeonatos pelo mundo. A expectativa é reunir mais de 600 tenistas de todo o mundo, divididos em quatro categorias (18, 16, 14 e 12 anos, no masculino e feminino).



A principal categoria em disputa, a 18 anos masculino, terá seus jogos realizados nas quadras de saibro do Itamirim, com direito a transmissão das rodadas finais pelo canal SporTV. A 18 anos feminino será no Tabajara Tênis Clube, em Blumenau, e as categorias 12, 14 e 16 anos, nos dois naipes, acontece no Bela Vista Country Club, em Gaspar.



 

 

Itajaí tem um campeão do Banana Bowl

 


O ano de 1988 foi especial para Patrício Arnold, um dos coordenadores da equipe de competição do tênis do Itamirim Clube de Campo (ICC), de Itajaí (SC). O ex-tenista argentino foi campeão do Banana Bowl daquela temporada e considera o título um dos mais importantes da sua carreira como atleta juvenil. Após a conquista, ele, inclusive, assumiu a liderança do ranking da ITF (Federação Internacional de Tênis).



Mais de duas décadas depois, e faltando 10 dias para começar a 41ª edição do torneio infanto-juvenil mais tradicional do Brasil, que trará para Santa Catarina alguns dos melhores tenistas do mundo, Patrício ainda lembra muito bem da sua final, disputada no Clube Pinheiros, em São Paulo. Jogando contra o brasileiro Roberto Jabali, ele tinha toda a torcida contra, mas não se abateu e venceu a final por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 4/6 e 7/5. “Eu tinha 16 anos na época e a conquista do Banana Bowl foi uma ótima referência e incentivo para eu passar bem pela difícil transição ao profissional”, lembra.
 


Patrício, que em 1994 chegou a ser o número 115 do mundo no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e também fez parte da equipe da Argentina na Copa Davis no ano seguinte, acredita que o atleta com bons resultados no juvenil tem muito mais chances de se destacar profissionalmente. “Acho que uns 90% dos melhores tenistas profissionais hoje tiveram boas atuações no juvenil. É uma realidade do tênis atual”, destaca.

 

Argentino da capital Buenos Aires, Patrício tem um carinho todo especial pelo Brasil. Ele é casado com uma brasileira e os dois filhos do casal também são nascidos em solo tupiniquim. O ex-tenista teve uma carreira curta como profissional, de apenas cinco anos, e sempre gostou do trabalho extra-quadra, de técnico e professor. “Me identificava bastante com esta outra parte, de treinar, ajudar os mais jovens. E quando tive mais prazer em fazer isto do que em jogar, realizei essa transição e encerrei minha carreira aos 26 anos”, conta o coordenador do ICC.



Há quase seis anos trabalhando no Itamirim, Patrício, hoje com 39 anos de idade, destaca o trabalho de desenvolvimento do tênis no clube. “Acho que não existe no Brasil um clube que fomente o tênis de alto rendimento como acontece aqui. O Itamirim é um exemplo por priorizar este trabalho e para mim é uma honra fazer parte deste projeto”, finaliza Patrício.


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