quinta, 18 de abril de 2024
Cultura
09/12/2010 | 00:00

Ganhador do Grammy, Alegre Correa chega a Itajaí para encontro com a Orquestra do Conservatório

Ganhador do Grammy Awards 2010, o instrumentista Alegre Corrêa chega as 18 horas de hoje (9) a Itajaí para um encontro com a Orquestra do Conservatório de Música de Itajaí. “Estamos muito orgulhosos com esta visita, porque o Alegre Corrêa tem uma carreira brilhante no Brasil e fora dele. Não temos nem palavras para definir a grande emoção que será esse acontecimento”, comenta o maestro Paulo Gekas.

 

O primeiro contato com Alegre Correa aconteceu em outubro, quando a Orquestra do Conservatório participava da seleção para participação no Panorama SESC. Já na ocasião, Alegre Correa, que era curador do panorama, demonstrou interesse no trabalho da orquestra, elogiando o desempenho dos músicos e do maestro e tocando junto com o grupo.

 

Esse primeiro contato foi o ponta-pé inicial para o novo encontro de Alegre Correa com a orquestra, desta vez hoje, as 18 horas, no Conservatório de Música de Itajaí. “Ele ficou impressionado com o nosso trabalho da orquestra, nos falamos algumas vezes e veio, então, essa proposta de parceira”, explica Gekas, comentando que no encontro de hoje o trabalho será voltado para a composição.

 

Alegre Correa divide residência entre Florianópolis e Viena (Áustria). Ele chega a Itajaí por volta das 17 horas e logo vai para a sede do Conservatório. “Será a nossa primeira grande parceira e quero destacar que estaremos e estamos abertos a novas parcerias, tanto públicas quanto privadas”, conclui.

 

O músico- Alegre Corrêa nasceu em 09 de junho de 1960, em Passo Fundo – Rio Grande do Sul. Já com 13 anos de idade – como violonista, cantor, percussionista e compositor – imigrou para a sua “residência” atual: a música. Sem sombra de dúvida, seu “centro domiciliar” é o Brasil, mas com portas abertas para todas as direções. Em 2010 recebeu o prêmio mais importante de sua carreira, o GRAMMY AWARDS, como guitarrista do disco 75, de Joe Zawinul & The Zawinul Syndicate (Heads Up International), na categoria “Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo”. Alegre Corrêa também foi premiado em primeiro lugar no Rio Grande do Sul no “Musicanto Festival” (1992), e em São Paulo no “FAMPOP” (1998), ambos na categoria de música instrumental.

 

Na sua turnê no Brasil em 2003, foi premiado com o Prêmio Cultura de Ouro, do estado do Rio Grande do Sul. Quase ao mesmo tempo, foi eleito músico do ano pelo importante “Austrian Hans Koller Award”. Em 1989, se muda para Viena – Áustria, fundando quatro anos mais tarde, o Alegre Corrêa Sextett, com o qual realizou diversas turnês pela Europa, tocando em importantes lugares como Opera de Viena, Vienna Konzerthaus, Jazzherbst Salzburger. Como sideman, esteve tocando ao lado de renomados músicos da cena jazzística da Áustria, com os quais participou de inúmeras turnês na Alemanha, Suiça, Itália, Hungria, Luxemburgo, Croácia, Eslovênia, Turquia e Israel. Destaque para “Vienna Art Orchestra” grupo que permaneceu de 2000 a 2006.

 

Em 2005, Alegre Corrêa passou a integrar o grupo The Zawinul Syndicate, liderado pelo lendário tecladista Joe Zawinul (que tocou com Cannonball Adderley, Miles Davis, Weather Report), permanecendo por dois anos, e realizando turnês e shows por toda a Europa, Estados Unidos, América do Sul e Ásia. Em 1995, com a gravação do seu segundo CD, Negro Coração”, ele ganha o apoio do lendário Hermeto Pascoal, cujo Alegre sempre admirou profundamente. Alegre Corrêa assegurou sua reputação como um músico sem fronteiras, que aponta a sua música para novas direções, ao mesmo tempo em que a traz para perto de suas raízes, características que o levaram a se apresentar em inúmeros festivais importantes, como “Montreux Jazz Festival” (Suíça), “Florianópolis in Jazz” (Brasil), “WOMAD Festival in Wiesen” (Áustria). No mesmo ano foi lançado pela editora Honk Musikverlag um songbook de Alegre Corrêa com partituras de suas composições gravadas nos CDs "Infância" e "Negro Coração". Desde então, se torna endorser da Thomastik Infeld, empresa que fabrica uma das melhores cordas de guitarra do mundo.

 

Ainda está pra ser inventado um termo para descrever o estilo inconfundível de Alegre Corrêa. Termos como fusion ou crossover significam muito pouco pra ele, assim como a divisão do intelecto e da emoção. Sua música é sensual e inteligente, complexa e cheia de sentimento, com muito groove e elegante. “A música brasileira sempre foi misturada”, ressalta Alegre. A estrutura feita de peças musicais de um mosaico já é uma fusão por si própria. Na sua formação musical, primeiro vieram as tradições do Rio Grande do Sul, uma eclética mistura da melancolia argentina com a alegria brasileira: Chamamé, Chacarera e a Milonga. E claro, depois veio o Samba, Bossa Nova e MPB, e além disso recebeu uma grande influência de Hermeto Pascoal, Tom Jobim e Toninho Horta, bem como uma boa parte de jazz, pop e funk, cujos gêneros estão todos misturados no estilo único de Alegre Corrêa.


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