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Geral
08/11/2010 | 00:00

Show de Roberto Menescal abre amanhã o 13º Festival de Música de Itajaí

Considerado um dos “pais da Bossa Nova”, Roberto Menescal abre oficialmente amanhã, terça-feira, a décima terceira edição do Festival de Música de Itajaí, uma realização da Fundação Cultural de Itajaí. Do dia da abertura até o próximo sábado (13) a cidade vai “viver” todos os acordes da música, com 45 atrações, distribuídas entre 5 shows nacionais, 22 oficinas (duas têm duplo horário), 1 workshop internacional, 6 noites de Jam session e choro, 10 intervalos para a Hora da Sineta e o  encerramento  na Praça Vidal Ramos.

 

No show de abertura, batizado “Balansamba”, os fãs de Menescal esperam se deliciar com toda a leveza e suavidade da bossa nova em “Dia de luz festa de sol/E um barquinho a deslizar/No macio azul do mar...” ou então “Bênção, bossa nova/Que ninguém há de esquecer/Nos seus quarenta anos/Fiz um samba pra você...”. Outras músicas que eternizaram o gênero também fazem parte do show que terá a participação da cantora Cris Delanno. “Balansamba” terá a abertura de Daniel Montero, acontece às 21 horas no Teatro Municipal de Itajaí (rua Gregório Chaves, 111), com ingressos a R$ 20,00 – valendo meia para estudantes e terceira idade.

 

Menescal - Aos 72 anos e com mais de 50 de carreira, Menescal está tanto para a bossa nova quanto o café está para o leite. Revelações sobre seu envolvimento com a bossa nova e com músicos como Tom Jobim, Elis Regina e Nara Leão estão em “O Barquinho Vai... Roberto Menescal e Suas Histórias”, escrito por Bruna Fonte e com prefácio assinado por Paulo Coelho.

 

Roberto Batalha Menescal nasceu em 25 de outubro de 1937, em Vitória, no Espírito Santo, mas foi criado no bairro de Copacabana, no Rio. Começou a estudar piano em 1950, com tia, Irma Menescal. Inicialmente autodidata, teve depois aulas com Edinho, do Trio Irakitan, e com os maestros Guerra Peixe e Moacir Santos.

 

Começou a carreira em 1957, acompanhando a cantora Sylvinha Telles em uma turnê pelo Brasil. No ano seguinte, abriu com o amigo Carlos Lyra uma academia, para dar aulas de violão e poder viver de música. Foi professor de Nara Leão, de quem se tornou amigo e passou a organizar com ela encontros para reunir a turma no apartamento da cantora, na Avenida Atlântica. Os encontros reuniam aqueles que seriam os principais nomes da bossa nova.

 

Menescal ajudou a organizar o show da bossa nova no Grupo Universitário Hebraico e também o 1º Festival de Samba-Session, primeiros shows da bossa nova. Com o Conjunto Roberto Menescal atuou ao lado de músicos com Vinícius de Moraes, Dorival Caymmi, Aracy de Almeida e Billy Blanco.

 

Em 1961, compôs com Ronaldo Bôscoli a música "O Barquinho", um dos maiores clássicos da bossa nova. Em 1962 apresentou-se no histórico show da bossa nova no Carnegie Hall, em Nova York. Depois atuou como arranjador e produtor de discos. Em 1968, acompanhou Elis Regina em sua turnê pela Europa. E, nos anos 70, assumiu a direção artística da gravadora Polygram. Em 1986, decidiu deixar o cargo de diretor artístico da PolyGram para dedicar-se exclusivamente à sua carreira de violonista, arranjador e compositor. Desde então, participa de projetos musicais seus e de novos talentos.


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