quinta, 28 de março de 2024
22/10/2010 | 00:00

Acolher: uma missão e uma dificuldade

Quando se fala em trabalho dedicado ao próximo, não basta só querer. É preciso força de vontade e empenho para que realmente tudo saia do papel. São poucos os que realmente tem coragem de arregaçar as mangas, e começar da maneira que podem para prestar assistência ao outro.

 

A história da Associação Lar Criança Feliz, que acompanhamos nesta edição, tem uma característica bem peculiar. Em 1989, Elsa Evaristo Lessa teve a ideia de fundar um abrigo para acolher crianças que enfrentavam situação de risco familiar. O local, chamado “Lar da Criança Feliz” tinha como sede a própria a sua casa. Anos depois, a Instituição ganhou corpo e começou a receber cada vez mais crianças. Hoje, após 21 anos, a associação ainda mantém viva a solidariedade e o compromisso de auxiliar crianças em situação de riscos.

É fato que não são poucos os casos em que pais e mães sofrem com a dependência do álcool e das drogas. Não é difícil saber que esta é uma situação em que não só prejudica a estrutura familiar, como o desenvolvimento da criança como um todo. Elas saem do canto que é delas para ir para outro lugar onde os profissionais fazem o possível para que seja a própria casa desses pequenos moradores.

 

Embora haja o esforço de muitos, ainda não é o suficiente. Lugares como este que exercem um trabalho de cidadania em amparar crianças quando elas sequer têm uma casa para morar, são os que mais sofrem dificuldades. O Lar Criança Feliz, por exemplo, ainda sofre com o aluguel. Dinheiro este que poderia ser investido em outras prioridades para melhoria da infraestrutura ou até mesmo projetos que visem a melhoria dentro da casa.

 

Sabemos que as prioridades do município são muitas. Mas será que não está na hora de uma atenção maior a esse tipo de questão? O pedido para um terreno vem desde 1997 e a causa é mais que justa.

 

Muitos sabem o custo de ter um filho. Imagina cuidar de 13. Este é um trabalho que começou por uma pessoa, mas não quer dizer que a responsabilidade seja exclusivamente de um só. Cabe ao poder público e a sociedade contribuir para que  seja cada vez mais incentivado e possa ser executado de uma forma digna.


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