O ritmo de trabalho não poderia ser mais intenso. Descansar em meio a correria se torna difícil. Porém, quando se fala de realização profissional, o resultado vem em forma de qualidade e bom atendimento. Assim podemos definir o trabalho do Restaurante Aromas e Sabores, que está há 11 anos no mercado, trabalhando com o público universitário.

A ideia do restaurante nasceu como um projeto do curso de Turismo e Hotelaria. Mas atualmente a administração está terceirizada.

Atualmente, Juliana Larissa Regis Spricigo é uma das proprietárias, junto com a sócia Leonor Clemência Bagatoli. Juliana conta que está no restaurante desde o segundo dia de funcionamento quando começou na função de caixa e controle de estoque, quando a marca ainda era Ofícios do Sabor.

Junto com as funções, também foram aumentando as responsabilidades. Na época, Juliana estava se formando no curso de Turismo e Hotelaria, quando a administração ofereceu a gerência do restaurante, onde por dois anos também acumulou a função de gerência do bistrô.

Após nove anos, a Univali decidiu oferecer o restaurante para Juliana e Leonor que já estavam bem integradas com o trabalho. “A administração da universidade teve a preocupação que nós mantivéssemos a qualidade que havia e confiavam que continuaríamos com o mesmo padrão”, comenta.

Mesmo com uma administração terceirizada, alguns vínculos com a universidade são mantidos. Aulas com acadêmicas do curso de Nutrição acontecem todo semestre, onde elas avaliam diversos quesitos no restaurante, como limpeza, manipulação do alimento, procedência, treinamento de higiene e saúde tanto do ambiente de trabalho como dos funcionários.

Atualmente o Aromas e Sabores também conta com duas alunas do curso de Psicologia que estão iniciando um trabalho voltado a “Psicologia Organizacional”, com projetos de realizar pesquisa de satisfação.

Um conjunto de diferenciais

Para manter uma clientela exigente é necessário apostar nos diferenciais. Oferecer um cardápio variado é um deles. Juliana conta que tentam oferecer um cardápio variado. Arroz, feijão, saladas verdes e elaboradas são opções oferecidas diariamente. “Priorizando um cardápio bem balanceado e contamos com a ajuda de uma nutricionista e uma chefe de cozinha que sempre nos traz novidades e assim possamos agradas todos os gostos. Temos uma clientela grande que não come carne, então buscamos oferecer algumas opções vegetarianas”, ressalta.

Juliana também ressalta que o restaurante oferece diariamente quatro tipos de carne, massa, arroz elaborados. As frituras são evitadas, mas como há clientes que apreciam não são cortadas totalmente do cardápio.

Nos dois anos que Juliana e Leonor estão no comando do restaurante, mudança é o que não faltou. Principalmente no que se refere a infraestrutura. Uma delas foi o buffet em mão dupla, que agiliza o atendimento. “Desde o tempo em que trabalhávamos na gerência, vimos a necessidade de implantar esse sistema. Era algo que sempre tínhamos vontade de fazer”, ressalta.

Apostar na capacitação dos 14 funcionários é outro ponto primordial na visão de Juliana. Os alimentos são cuidadosamente selecionados, onde são verificadas qualidade, procedência e uma manipulação adequada. “Trabalhamos com um público que tem as suas exigências, então não podemos servir qualquer coisa. Por isso que na hora da escolha, verificamos não só o preço, mas a qualidade apresentada”, ressalta.

Com uma clientela diária, as promoções não podem faltar. Cada mês o restaurante trabalha algo diferenciado, seja oferecendo um suco, salada de frutas ou sobremesa grátis. “Essa é uma maneira que criamos para cativar e valorizar o cliente porque sabemos que ele está aqui todos os dias. E vimos o lado deles também”, complementa.

Uma das peculiaridades de se trabalhar com o público universitário é  em relação Aos preços, e nesse caso vale manter o bom senso. “Como estamos dentro da universidade, não podemos cobrar um preço muito alto”, explica.

Próximos planos

Ultrapassar os muros da universidade e conquistar mercado externo é um dos objetivos das proprietárias. Apostar em eventos para se tornar conhecida é um fator de peso. “Queremos ter um novo Aromas e Sabores na cidade. Mas como este ano investimos no restaurante, precisamos tomar novo fôlego para entrar fortemente no mercado”, explica.

Já faz algum tempo investir mais na questão de eventos. “Não somos tão conhecidos fora da universidade, então apostamos nisso”,comenta.

A conquista também virá com um projeto a longo prazo: a  implantação de um novo Aromas e Sabores. “É algo que pensamos seriamente. Mas também não seria de4 imediato. Como esse anos investimos no restaurante, precisamos tomar um fôlego para investir em novos projetos posteriormente”, ressalta.

Este ano um dos desejos já foi colocado em prática: o café colonial servido toda quarta-feira, que atende em média 450 pessoas. “Essa vontade já vinha desde o ano passado. Queríamos aproveitar o espaço do restaurante e oferecer um serviço novo”, comenta. Nas duas primeiras semanas, a meta já foi atingida: atender 150 pessoas. “Já tiveram clientes que nos solicitaram café colonial todo dia, mas não queremos que caia na mesmice. Então preferimos oferecer uma vez por semana, mas de forma diferenciada”, comenta.

Amor pela profissão

“Eu adoro o que faço”, comenta Juliana com satisfação. “Lidar com clientes é muito bom, a gente acaba criando um laço de amizade, um vínculo com as pessoas”, comenta.

Desafio? Todos foram superados. “No início eu e Leonor ficamos bem preocupadas, porque até acertar a equipe que possuímos hoje teve um certo desgaste. Acredito que valorizar o trabalho de cada um seja a receita do nosso sucesso. Aos poucos fomos realizando todas as vontades que tínhamos quando éramos gerente e isso é muito gratificante”, ressalta.