A cidade de Taperuá, interior do Estado da Paraíba, é o lugar onde essa trupe de teatro mambembe pede licença para estacionar suas carroças e montar seu palco.  “Uma história do julgamento de alguns canalhas dentre eles um padre e um sacristão. E lá vem a Nossa Senhora fazer a sua intervenção.”

Tudo parte das articulações e arapucas arranjadas de João Grilo, o amarelo mais amarelo que Taperuá já teve o desprazer de conhecer. Apoiado por Chicó, seu cúmplice nesse qüiproquó cheio de sotaque nordestino, João artimanha um emaranhado de encontros e desencontros que culminam numa história fascinante de humor e fantasia. Dessa, nem mesmo o Senhor Bom Jesus e a piedosa Maria da Conceição escapam. Isso sem falar no maldito Encourado.

O Auto da Compadecidaé uma peça escrita em 1955 pelo dramaturgo paraibano Ariano Suassuna. Porém, ela só foi encenada no ano seguinte pelo seu grupo de teatro no Festival de Teatros Amadores do Brasil, no Rio de Janeiro. Já foi traduzida e representada em espanhol, francês, inglês, alemão, polonês, tcheco, holandês, finlandês e hebraico. Essa versão, feita pelo grupo Anchieta Arte Cênica através do A.E.C.A (Alunos do Exercício Cênico Anchieta) foi gentilmente autorizada pelo próprio dramaturgo.

 Suassuna escreveu a peça com base nas histórias populares de cordéis contadas em prosa ou verso. Como as demais comédias teatrais de Ariano Suassuna, ele procura recuperar e reproduzir mecanismos narrativos da comédia medieval e renascentista da Europa e da comédia popular do Nordeste.

O teatro de Suassuna é a representação da realidade do sertão nordestino do nosso país, uma parte do mundo que lhe foi dada desde a infância. Suspense, aventura, comédia e romance. Tudo isso e muito mais você vai poder conferir na peça O Auto da Compadecida.

Dias 04 e 05 de setembro de 2010 - 20:30min

Teatro Municipal – Itajaí

Ingresso: R$ 30,00 Meia: R$ 15,00 - Com uma caixa de leite longa vida: R$ 10,00