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Geral
13/01/2015 | 09:52

Grupo de Trabalho criado para avaliar lista de espécies de peixe ameaçadas mobiliza representantes do Sindipi em Santa Catarina

A corrida agora é para levantar informações para auxiliar o Grupo de Trabalho – GT, que vai avaliar a lista de espécies de pescado consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente como ameaçadas de extinção. Em Santa Catarina representantes do Sindipi, que participam deste grupo de trabalho, estão em busca de dados comerciais, informativos estatísticos da Universidade do Vale do Itajaí publicados no ano de 2014, dados de geração de emprego, movimentação pesqueira e dados sociais. Informações que no decorrer do processo de avaliação devem demonstrar o impacto que esta decisão do Governo Federal pode trazer ao Estado de Santa Catarina. 

            Todo o material coletado pelo sindicato será entregue ao Ministério da Pesca e Aquicultura, responsável por avaliar as propostas do setor pesqueiro do Brasil neste grupo. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região - Sindipi, Fernando das Neves, esta decisão não gera um impacto apenas em Santa Catarina, mas sim em todo o Brasil e está mobilizando todas as entidades ligadas ao setor. 

            As informações para conseguir a revogação da portaria não devem se restringir apenas ao maior polo pesqueiro do sul do país, que hoje é a região de Itajaí, mas de outras entidades que têm interesse em manter a pesca. "Se não conseguirmos revogar, por exemplo, os cações e arraias, a situação vai ficar preocupante. Empresas vão fechar e pessoas serão demitidas. O número de exportação vai reduzir drasticamente. Hoje nós temos no Sindipi um associado que produz um milhão de toneladas de arraia por ano na região. Segundo o site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, a exportação de arraia no Brasil é contínua nos últimos anos", lembra Fernando.
Ainda segundo o vice-presidente, atualmente o Brasil exporta por ano cerca de 2 mil e 500 toneladas de carne de arraia. Se este volume tiver que ser descartado no mar durante uma pescaria, são mais de 7 mil quilos de carne jogada fora.

            As atividades do Grupo de Trabalho criado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente vão se concentrar em Brasília. Nesta quarta-feira (15), todos os integrantes participam de uma reunião para definir a metodologia da avaliação, que tem duração de 30 dias, prazo estipulado pelo Governo. Além de avaliar a portaria 445, o Grupo de Trabalho também vai propor medidas para que se faça a gestão pesqueira e não apenas a classificação de recursos pesqueiros em extinção. O vice-presidente do Sindipi, Fernando das Neves ainda lembra que o setor não admite IUCN, pois utiliza critérios de maior risco e não melhor informação científica como manda a lei 11959 que criou a gestão compartilhada. Os representantes do Sindipi viajam para Brasília nesta terça-feira e permanecem por lá até quinta-feira (16). 


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