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02/09/2014 | 11:02

A convergência teuto-brasileira

Estou em Hamburgo, onde começou a história da imigração alemã em Santa Catarina. Foi daqui que partiram os navios que trouxeram as famílias que se aventuraram, heroicamente, a viajar para o nosso Estado em busca de uma nova pátria, que se lhes oferecesse uma vida melhor.

                Em 1848, a chamada revolução liberal foi a chama libertária que impulsionou aqueles imigrantes a deixarem seu País. E o porto de Hamburgo foi a sua porta de saída. Pois, foi exatamente aqui que a Câmara de Comércio Alemanha-Brasil decidiu realizar o 32º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que reúne empresas que tem 800 bilhões de euros de capital social e empregam 200 milhões de pessoas.

                O encontro foi aberto na histórica sede da Câmara de Comércio da Cidade hanseática de  Hamburgo, que completou, recentemente, 350 anos de existência. O prédio que a abriga, de uma beleza clássica incomum, foi construído há 170 anos. Portanto, quando os fundadores de Joinville ali chegaram, vindos de trem, a maior parte da Saxônia, puderam apreciar a beleza de suas linhas arquitetônicas. 

                O Encontro Econômico Brasil-Alemanha realiza-se a cada ano, alternativamente aqui e naquele país. No ano passado foi em São Paulo, e no ano que vem será em Joinville.

                Logo que o prefeito Udo Döhler foi eleito, procurei a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, que tem sede em São Paulo, para atrair  a reunião de 2015. O prefeito aderiu imediatamente à ideia, que se viabilizou pelo prestígio de que desfrutam, no meio dos líderes empresariais brasileiras, tanto Udo Döhler quanto o presidente da Federação das indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte.

                Tivemos uma dura disputa com a Bahia, que queria sediar o evento de 2015. Conquistamo-lo voto a voto, numa disputa acirrada, na qual Joinville foi escolhida para sede do 33º Encontro, que terá sua cerimônia de abertura  no dia 20 de Setembro do próximo ano, prosseguindo até o dia 22.

                Depois de proferir conferência na Universidade Humboldt,  em Berlim;  na próxima quinta-feira, serei recebido pelo Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Embaixador Von Goetze, quando, na companhia do cônsul Rodrigo Bornholdt, entregarei convite oficial para que a primeira Ministra, Angela Merkel; ou o Presidente da República Alemã, Joachim Gauck, visite Joinville, durante aquele mega encontro empresarial.

                O encontro deste ano tem como título “A INDÚSTRIA DO FUTURO”, prospectando os cenários das mudanças que ocorrerão, certamente, nas próximas três décadas, quando a população mundial atingirá a desafiadora cifra de 9 bilhões de habitantes. A gente se apavora com essa cifra, ao fazer a conta e verificar que, do nascimento de Jesus Cristo até hoje, só passaram um bilhão de minutos!

                Como serão as cidades? O consumo de energia? A mobilidade? A violência? A saúde pública?  A escolaridade? Como será a produção industrial? O consumo? As comunicações? Os transportes?

                São os temas mais recorrentes que estarão sendo debatidos durante esse magno evento de Hamburgo. Por outro lado, dezenas de empresários brasileiros e alemães terão oportunidade de intercambiar experiências e fazer negócios. E, certamente, trazer novas empresas alemãs para  Santa Catarina.


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